NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

quarta-feira, 26 de maio de 2010

ALIANÇA FRANCESA DE NATAL/RN - BRASIL, REALIZA SARAU LÍTERO-MUSICAL


ALIANÇA FRANCESA REALIZA O SARAU DA ÚLTIMA QUARTA FEIRA DO MÊS, COM VÁRIOS ARTISTAS: CORDELISTAS E LICINHA BRANDÃO- ARTISTA PLÁSTICA.



Bonjour!
O cordel invade a Aliança Francesa de Natal em uma agradável soirée de
repente e poesia.
Agende-se! Nesta Quarta-feira, 26 de Maio, às 19h, na Galeria d'Arts José
Valério Cavalvanti (Aliança Francesa de Natal).
No programa, os repentistas e poetas populares Abaeté, Antônio Francisco,
Paulo Varela, João Batista, Kydelmir, José Acaci e Bob Mota com o melhor
do cordel potiguar. Na expressão da língua francesa, Charles Baudelaire "confirma presença" com sua incontornável poesia. Licinha Brandão
expõe retratos de personalidades da cultura potiguar e brasileira.O Sarau da Aliança acontece sempre na última quarta-feira de cada mês
e pretende promover uma maior aproximação entre a cultura potiguar e a francofonia. Deixe-se envolver por esta ideia e embriague-se de poesia,
arte e música numa agradável happy hour. O evento é aberto a todo o
público francófono potiguar. Esperamos por você!
Merci,


Renata"

Fonte: PALAVRAS E IMAGENS
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MINHA CONTERRÂNEA
"ALICE BRANDÃO"
TAMBÉM EXPÕE SUAS OBRAS 
NA ALIANÇA FRANCESA DE NATAL

As telas de Alice Brandão são tão comuns nas paredes das casas e comércios em Ceará-Mirim que os moradores da pequena cidade não conseguiram valorizar o trabalho da artista plástica. Ela precisou sair de sua terra natal para ser reconhecida em São Paulo. A qualidade de sua técnica e a diversidade de sua obra sugeriram ao artista plástico Dorian Gray um paralelo entre Alice Brandão e Cândido Portinari. “Portinari, assim como Alice, foi um retratista, além de trabalhar com o expressionismo social. Um artista do nível dela, que executa bem o trabalho figurativo, vai se dar bem em tudo o que fizer. O essencial é que ela saiba pintar e isso ela sabe”, disse Dorian Gray Caldas em entrevista ao VIVER. Uma pequena amostra do trabalho de Alice Brandão, contendo entre outros, os retratos que ela pintou de Dorian Gray, da cantora Nara Leão e da poetisa Cecília Meireles estarão ao alcance do público durante a exposição que começa hoje, no hall da Aliança Francesa de Natal. A exposição será aberta durante mais uma edição do Sarau literário, promovido pela instituição. 


A ARTISTA NO SEU ATELIÊ, 
EM SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP

O sarau começa às 19h e terá um colorido especial. Além dos retratos de Alice, o solo arenoso do sertão nordestino estarão representados na música de repentistas, que farão apresentação esta noite. E como todo bom repente é acompanhado de uma “disputa” entre trovadores, estarão lado a lado, alguns dos principais cordelistas da cidade, como Paulo Varela, José Acaci, Abaeté, Antônio Francisco, João Batista, Cefas Carvalho. E ainda a obra do francês Baudelaire, na voz dos alunos da Aliança , que declamarão os seus poemas.

O encontro casual entre o poeta francês, poetas potiguares e a pintora Alice Brandão, não contará com a presença da artista, que não pode vir à cidade. Alice será representada por sua sobrinha, Lenise Varela, que também é a curadora da exposição. 

O VIVER conversou com a artista por telefone. Ela estava na cidade de São Bernardo do Campo, no interior paulista e falou com entusiasmo, sobre a exposição em Natal, suas obras e sua vida.

Alice conta que em São Bernardo ela é chamada de a Picassiana, por ter feito uma releitura das obras de Picasso. Foram mais de 500 quadros, explorando a fase cubista do pintor espanhol, um número pequeno na frente dos 15 mil quadros pintados por ela, ao longo de 43 anos dedicados às telas. Apesar do sucesso com a releitura da obra do espanhol, foram os retratos de pessoas e paisagens que prenderam a atenção da artista.
Artista tem guardadas 500 das 15 mil telas que pintou

Alice Brandão mora atualmente na cidade de São Bernardo do Campo. No interior paulista, ela divide a casa com a família e pouco mais de 800 quadros, que vem acumulando nos últimos anos. “Eu durmo num quartinho nos fundos da casa, porque não tem mais espaço dentro”, disse Alice. A confecção de telas faz parte de sua vida desde a infância. A sua mãe era artista plástica e se dedicava às paisagens. Como na cidade de Ceará-Mirim não havia quem restaurasse santos ou fizesse pinturas em igrejas e capelas, Alice passou a realizar a tarefa. Aos 14 anos começou a pintar quadros e a atividade era feita com tanta paixão, que a artista calcula ter feito de 1 a 2 quadros por dia. Alice tem hoje 57 anos.

O seu trabalho tornou-se muito popular em sua cidade, tanto que por lá não há paredes sem uma de suas telas. Apesar do número de trabalhos produzidos, o reconhecimento pelo seu talento e por sua dedicação veio na contramão. “Em Ceará-Mirim nunca recebi um título de reconhecimento. Ninguém me dava valor”, disse Alice.

Uma realidade bem diferente da que conheceu em São Paulo. Depois de ficado sem o emprego de enfermeira, que é sua profissão, em São Bernardo dos Campos, a potiguar não viu outra saída a não ser dar aulas de artes plásticas. Procurou os ateliês da cidade e se ofereceu como professora. As pessoas aceitaram com desconfiança, mas acabaram descobrindo o talento da artista. “As pessoas ficaram assombradas com o que eu fazia e me incentivavam: você tem que ir pra São Paulo”. E foi o que ela fez. Bateu na porta de um dos mais importantes ateliês paulistas, o Villas Boas e foi muito bem recebida pela dona, que dá nome ao ateliê. “A curadora disse que o meu trabalho deveria ser lançado internacionalmente e que não tinha condições de fazer isso por mim”. As obras de Alice Brandão ficaram em exposição por dois anos na galeria.

E foi a galeria o ponto de virada de Alice. Lá ela fez uma faculdade integrada, onde teve os primeiros contatos com a arte do ponto de vista teórico. O curso foi para garantir à pintora, a capacidade de falar ao público sobre o seu próprio trabalho. Com a exposição e o curso, Alice passou a se valorizar e o suas telas ganharam boa cotação no mercado das artes. Se em Natal a pintura de uma fisionomia rendia à artista, cerca de um salário mínimo, em São Paulo chegou a valer cerca de R$ 2.500,00.

A valorização se deu inclusive, pelas frenquentes exposições. Uma em Portugal e várias em São Paulo. Sendo a do metrô, a mais significantiva delas. Alice foi convidada para participar das comemorações do quadragésimo primeiro aniversário de funcionamento do metrô paulista e vários de seus quadros ganharam destaque nas paredes da estação da Sé, a mais movimentada de São Paulo. 

Uma característica peculiar da artista é não vender os seus quadros, ao menos os que ficam em exposição. Foi assim com a releitura de Picasso, com a releitura de Portinari (que fez na década de 70) e tantos outros. Ela vende apenas os feitos sob encomenda que, aliás, garantem parte de seu sustento.

A outra parte é conseguida com as aulas que ministra em sua casa, onde montou um ateliê. Lá ela disse ser professora dos professores e se orgulha com um de seus alunos, um pintor mexicano, Jaime Colo, de 76 anos. “Ele é uma artista e com esta idade, se dirige a mim e me chama de professora”.
Serviço
Exposição Licinha Brandão. Hoje, no sarau da Aliança Francesa. O seu trabalho pode ser conferido no site www.picasaweb.google.com/licinhabrandao21. Para entrar em contato direto com a artista, o interessado pode escrever para o e-mail: malice.bezerra@hotmail.com

FONTE DESTA NOTÍCIAS
Maria Betânia Monteiro - repórter

Um comentário:

  1. QUANTO AMOR PELO SEU PAÍS, SUA TERRA, SEU CHÃO.
    ASSIM COMO OS BUQUÊS DE JASMINS, VOCÊ VAI AGREGANDO SAUDARES E SE FAZENDO PRESENTE, DE ALGUMA FORMA.
    QUE RICO AMOR PELA NOSSA PÁTRIA.


    BJS.

    LÚCIA HELENA

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