NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

terça-feira, 25 de maio de 2010

FAMÍLIA RESTAURA JAZIGO DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO





Da esquerda para a direita da foto:
A NETA DE DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - DALIANA CASCUDO - GUARDADORA DA SUA MEMÓRIA; 


ANNA MARIA CASCUDO BARRETO - A FILHA - CONTINUADORA DA OBRA LAPIDAR DO SEU PAI E HERDEIRA DO TALENTO CULTURAL E LITERÁRIO DO PAI;
CAMILA CASCUDO BARRETO MAURÍCO - NETA DE CÂMARA CASCUDO;
NEWTON CASCUDO - NETO DO FOLCLORISTA CÂMARA CASCUDO;
CAMILO DE FREITAS BARRETO - ENGENHEIRO E EMPRESÁRIO - GENRO MUI AMADO DO MESTRE CASCUDO.





Localizado no tradicional cemitério do Alecrim, em Natal, Rio Grande do Norte - BRASIL e adquirido nos anos 70, o jazigo passou por uma reforma completa com projeto a cargo do Arquiteto Adler Fontenelle, execução em granito da Arte Pedras Marmoaria e arte em inox da Potiguar Placas. A reforma, sob supervisão direta do Engenheiro Civil Camilo Barreto (genro de Cascudo), foi realizada durante os meses de abril e maio deste ano, obedecendo ao novo projeto, que modificou totalmente a sua estrutura, com substituição do mármore pelo granito, e colocação de placa e
puxadores em inox. O grande destaque do projeto é um livro em granito,
 homenagem ao maior nome intelectual do estado do Rio Grande do Norte.

Neste jazigo estão, entre outros, Luís da Câmara Cascudo e sua esposa,
 Dáhlia Freire Cascudo.
A Família, única responsável pelos custos da reforma, espera que a
 Administração do Cemitério do Alecrim cumpra o seu papel de zelar pela
 integridade e segurança não apenas do jazigo de Câmara Cascudo, mas de todos
 que descansam no mais antigo cemitério da cidade do Natal.

FOTOS DE DALIANA CASCUDO

POSTAGEM SUGERIDA POR:
Lúcia Helena Pereira
"Poetisa da Flores"




SOBRE CÂMARA CASCUDO...




LUÍS DA CÂMARA CASCUDO

Escritor e folclorista, nasceu em Natal, Rio Grande do Norte - BRASIL,  em 1898 e faleceu na mesma cidade, em 1986. É um dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil. 

Aos seis anos já sabia ler. Estudou Latim durante três anos com o mestre João Tibúrcio. Em 1922, aprendeu a ler inglês, para acompanhar os viajantes pela África e Ásia. É dele a tradução comentada do livro Travels in Brazil, de Henry Koster, viajante inglês, obra das mais valiosas para o conhecimento e interpretação do Brasil, no início do século XIX.

Entrou para a Faculdade de Medicina da Bahia, em Salvador, mas foi obrigado a abandonar o curso por causa de dificuldades financeiras.

Em 1928, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, concluindo também no mesmo ano, o curso de Etnografia, na Faculdade de Filosofia, do Rio Grande do Norte.

Publicou seu primeiro livro aos vinte e três anos de idade, Alma Patrícia (1921), um estudo crítico e biobibliográfico de 18 escritores e poetas norte-rio-grandenses ou radicados no Estado.

Foi professor de Direito Internacional Público, na Faculdade de Direito do Recife e de Etnologia Geral, na Faculdade de Filosofia, em Natal.

Escreveu sobre os mais variados assuntos. Sua especialização foi na etnografia e no folclore, mas sua predileção era pelas áreas de história, geografia e biografia, especialmente do Rio Grande do Norte.

Foi considerado o Papa do folclore brasileiro. Publicou, entre outros, as seguintes obras:

Alma patrícia (1921); Joio: página de literatura e crítica (1924); Conde D´Eu (1933); Vaqueiros e cantadores: folclore poético do sertão de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará (1939); Antologia do folclore brasileiro (1943); Geografia dos mitos brasileiros (1947); Os holandeses no Rio Grande do Norte (1949); Meleágro: depoimento e pesquisa sobre a magia branca no Brasil (1951); Dicionário do folclore brasileiro (1954); História do Rio Grande do Norte (1955); Geografia do Brasil holandês (1956); Jangadas: uma pesquisa etnográfica (1957); Rede de dormir (1959); A cozinha africana no Brasil (1964); Made in Africa: pesquisa e notas (1965); História da República no Rio Grande do Norte (1965); Prelúdio da cachaça (1968); História da alimentação no Brasil (1967-1968); Ensaios de etnografia brasileira (1971); Sociologia da açúcar: pesquisa e dedução (1971); A vaquejada nordestina e suas origens (1974); Antologia da alimentação no Brasil (1977).

A origem da palavra forró: Conta-se que a origem da palavra vem dos ingleses, que estavam pela região para construir ferrovias. Ricos em relação a nossa população, davam festas exclusivas para eles e vez por outra colocavam uma placa na frente do lugar onde se lia "for all". Nesse dia os operários participavam e toda a população local também. A música era outra e da junção "forall", nasceu o forró. Mas isso deve ser lenda. Luiz da Câmara Cascudo explicou que a origem vem de "forrobodó", palavra que os escravos de origem africana usavam para designar as festas populares onde se dançava de tudo.







Um comentário:

Seu comentário será bem vindo!