NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Doutor Fernando Nobre é convidado para ser Presidente Honorário do MIL.

Imagem do Google

Neste Sábado, dia 26, às 17h, o Doutor Fernando Nobre esteve presente na sede do MIL - Movimento Internacional Lusófono, em Lisboa, para prestigiar a apresentação da obra "Fernando Nobre: Diário de um Candidatura", de Renato Epifânio (ed. Zéfiro).

CAPA DO LIVRO

ESCRITOR RENATO EPIFÂNIO

ACACI LANÇA LIVRO NO TEATRO ALBERTO MARANHÃO, EM NATAL/RN-BRASIL.


JOSÉ ACACI TERÁ O DIA DA POESIA, 

NO PÁTIO DO TEATRO 

ALBERTO MARANHÃO, 

NO PRÓXIMO DIA 14-03, 

PARA AUTOGRAFAR SEU LIVRO: 

"CONSELHOS PRA JUVENTUDE"!

JOSÉ ACACI - CORDELISTA APAIXONADO
JOSÉ ACACI - SEGUNDO TARCISIO GURGEL: "...IGUALMENTE A TODOS OS POETAS POPULARES AUTÊNTICOS - REVELA GENEROSA DISPONIBILIDADE E, DE VIVA VOZ,
TEM MOSTRADO O SEU TALENTO POR ONDE PASSA".
O DIA NACIONAL DA POESIA - 14 DE MARÇO - SERÁ BASTANTE FESTEJADO NA NOITE DO LANÇAMENTO DO LIVRO DE JOSÉ ACACI: "CONSELHOS PRA JUVENTUDE", DE 18 ÀS 22 HORAS, NOS GARDENS DO TEATRO ALBERTO MARANHÃO.
QUEREMOS OS POETAS, ESCRITORES, ARTISTAS PLÁSTICOS, HISTORIADORES, JORNALISTAS, COLUNISTAS SOCIAIS; QUEREMOS A SPVA (SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS E AFINS), ISAURA AMÉLIA ROSADO MAIA - SECRETARIA ESTADUAL DE CULTURA - FJA, FUNCARTE, AJEB/RN, ACADEMIA FEMININA DE LETRAS DO RN, UBE/RN, IHG/RN, ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS, INSTITUTO DE GENEALOGIA DO RN, ACLA (ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS), ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS, ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RN, ESMARN, LUDOVICUS, MUSEU CÂMARA CASCUDO E TODOS OS DEMAIS CONGÊNERES, PARA QUE POSSAMOS VIVENCIAR A POESIA E OUVIR MÚSICA DA MELHOR QUALIDADE, COM CARLOS VALENÇA.
QUER DIZER POESIA, ENTÃO APRESENTE-SE NO TEATRO ALBERTO MARANHÃO, TÃO MAGISTRALMENTE DIRIGIDO PELA ESCRITORA E ARTISTA PLÁSTICA DIONE MARIA CALDAS!

ATÉ LÁ!
CONTATOS: ACACI - 84 - 9951 9873
EFIGÊNIA - 84 - 8717 6233
LÚCIA HELENA - 84 - 8821 5195
FONTE: VIVICULTURA

SARAUTERAPIA NO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA, NO PRÓXIMO DIA 02 DE MARÇO/2011, EM NATAL/RN.


MALU E DR. RUBENS
CONVIDAM

PROGRAMA QUARTA CULTURAL” - ANO VI
QUANDO: QUARTA-FEIRA - 02. 03. 2011 -
Das 18 às 21 horas
O QUE: “SARAUTERAPIA” - POESIA, MÚSICA, CAUSOS, HUMANISMO...
è Tema Central: AMOR FRATERNO.
Apoio/Apresentação: SPVA/RN - Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
ONDE: Ótimo Auditório - Rua Cônego Leão Fernandes, nº 619. Petrópolis.
(Paralela à Av. Afonso Pena, liga a Av. Rodrigues Alves à Rua Mossoró)
Sempre: 1ª 3ª quarta-feira do mês.
PARTICIPE TAMBÉM DA SEGUINTE PROGRAMAÇÃO: 
è CIRANDA POÉTICA
Promoção: Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN - SPVA
Todos os sábados, das 17 às 19hs. Colégio Winston Churchill - Av. Rio Branco.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Femininamente. Poesia de Graça Campos. Belo Horizonte/MG-Brasil.


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José Craveirinha - Tributo de Homenagem ao Poeta-Mor de Moçambique - que nasceu três vezes.

TRIBUTO DE HOMENAGEM 
AO POETA MOÇAMBICANO JOSÉ CRAVEIRINHA

Mais uma vez Eduardo Quive, trás um artigo sobre o Poeta-mor, o maior da literatura Moçambicana e operário da Poesia, José Craveirinha. Homem que fez a sua literatura de Combate e primeiro negro a receber o prémio Camões.

O nossa Revista C&AL tem a maior honra e o privilégio de acolher este artigo de Eduardo Quive e associar-se  à homenagem integrando esta postagem na galeria dos nossos TRIBUTOS DE HOMENAGEM às grandes figuras da cultura lusófona



Por Eduardo Quive (*)

A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) reservou a noite da  sexta-feira, dia 19 de Fevereirode para uma conversa sobre o poeta-mor, até então, o maior da poesia em Moçambique e o primeiro autor africano galardoado com o prémio Camões em 1991.

José Craveirinha, Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo ou Abílio Cossa, seja como for, o poeta da luta, nasceu várias vezes como o diz na sua autobiografia.

 Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo. Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto. Isto por parte da minha mãe, claro. Por parte do meu pai, fiquei José. Aonde? Na Av. Do Zihlahla, entre o Alto Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.
Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato…
A seguir, fui nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros.
Quando o meu pai foi de vez, tive outro pai: seu irmão. E a partir de cada nascimento, eu tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso, muito cedo, a terra natal em termos de Pátria e de opção. Quando a minha mãe foi de vez, outra mãe: Moçambique. A opção por causa do meu pai branco e da minha mãe preta.
Nasci ainda outra vez no jornal O Brado Africano. No mesmo em que também nasceram Rui de Noronha e Noémia de Sousa.
Muito desporto marcou-me o corpo e o espírito. Esforço, competição, vitória e derrota, sacrifício até à exaustão. Temperado por tudo isso.
Talvez por causa do meu pai, mais agnóstico do que ateu. Talvez por causa do meu pai, encontrando no Amor a sublimação de tudo. Mesmo da Pátria. Ou antes: principalmente da Pátria. Por parte de minha mãe, só resignação. Uma luta incessante comigo próprio. Autodidacta. Minha grande aventura: ser pai. Depois, eu casado. Mas casado quando quis. E como quis.
Escrever poemas, o meu refúgio, o meu País também. Uma necessidade angustiosa e urgente de ser cidadão desse País, muitas vezes, altas horas a noite.

Para falar do poeta, Gilberto Matusse, não poupou palavras e argumentos, tendo o considerado, um homem que nunca se sentia satisfeito com o seu próprio trabalho, sempre acreditou que podia ser melhor.
A sua poesia objectiva, marca a diferença e a controversa do Craveirinha, quebrando todas as regras, onde, geralmente, a poesia é conhecida como a seguidora da subjectividade, sendo objectiva a narrativa.

Outros poetas, até chegaram a falar do Amim Nordine (Poeta, declamador e um dos maiores jornalistas culturais de Moçambique nos últimos tempos, falecido no dia cinco de Fevereiro do corrente ano e enterrado no mesmo dia no cemitério de Lhanguene, sem que o país soubesse do acontecimento), outro homem que se dizia operário da poesia.
Foi dito ainda naquela noite, que as pessoas que sentem a liberdade têm as palavras, exemplo de Amim Nordine e José Craveirinha.
O evento contou ainda com a presença dos familiares do poeta, Casa Museu Craveirinha, entre outros artistas.
 Livros publicados
Em termos bibliográficos, o escritor fora um dos escritores moçambicanos, com mais livros lançados, completando seis edições muitas vezes reeditadas, como o caso do Nkaringana wa Nkaringana(era uma vez), Xigubo (batuque) e Maria, para além de ter tido as suas obras traduzidas para várias línguas extrangeiras como Francês, Italiano e Russo, nestas duas últimas línguas, lançou Cantico a un dio di Catrame e Izbranoe.

Portanto, falar de Craveirinha, é falar de um negro “mulato” que tinha muita expressão na literatura internacional, e um ícone da literatura em Moçambique e no continente negro. Homem que inspira a juventude actual e com certeza, com a imortalização do seu legado, muitas gerações vão se espelhar neste operário da poesia, "analfabeto" e autodidacta.
 Prémios arrecadados
Quanto a isso, se pode dizer que José Craveirinha foi um literata com mérito reconhecido e exibidamente explícito na sociedade.
Primeiro venceu o Prémio Cidade de Lourenço Marques em 1959, de seguida mereceu o Prémio Reinaldo Ferreira do Centro de Arte e Cultura da Beira em 1961, buscou o Prémio de Ensaio do Centro de Arte e Cultura da Beira 1961, seguiu com o Prémio Alexandre Dáskalos da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa, Portugal no ano seguinte, Prémio Nacional de Poesia de Itália em 1975, Prémio Lotus da Associação de Escritores Afro-Asiáticos em 1983, Medalha Nachingwea do Governo de Moçambique em 1985, Medalha de Mérito da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Brasil em 1987 e Prémio Camões em 1991.

Craveirinha, foi portanto, um colecionador de títulos e símbolos com niguém ainda, na estória da arte de leitura e escrita em Moçambique, posicionado entre os melhores de sempre em África, para além de ter ganho, igualmente, o destaque de ser o melhor da última década, mesmo ter morrido nos seus princípios, isto é a seis de Fevereiro de 2003.
 Craveirinha de Mafalala
Tal como muitos heróis e homens de grande prestígio na história moçambicana, José Craveirinha, era pobre, e sobrevivente da “Babilónia”, nome que se dá a zonas pobres.
Neste bairro mítico, nasceu e viveu para além de Craveirinha, expoente máximo da poesia Moçambicana. Neste bairro nasceu e aprendeu a jogar futebol, Eusébio da Silva Ferreira, exímio ponta de lança que actuou no Benfica de Portugal bem como na selecção de Portugal. Samora Machel, Joaquim Chissano e Pascoal Mucumbi, Ex-presidentes e primeiro-ministro de Moçambique, respectivamente, viveram algum tempo neste Bairro mítico dos arredores da cidade de Maputo.
Breve biografia
Craveirinha (Lourenço Marques, 28 de Maio de 1922 — Maputo, 6 de Fevereiro de 2003) é considerado o poeta maior de Moçambique. Em 1991, tornou-se o primeiro autor africano galardoado com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Como jornalista, colaborou nos periódicos moçambicanos O Brado Africano, Notícias, Tribuna, Notícias da Tarde, Voz de Moçambique, Notícias da Beira, Diário de Moçambique e Voz Africana.
Utilizou os seguintes pseudónimos: Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo e Abílio Cossa. Foi presidente da Associação Africana na década de 1950.
Esteve preso entre 1965 e 1969 por fazer parte de uma célula da 4.ª Região Político-Militar da Frelimo.
Primeiro Presidente da Mesa da Assembleia-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, entre 1982 e 1987.
Craveirinha, era homenageado no âmbito da data da sua morte, que se assinalou, no pretérito seis de Fevereiro.


(*) Eduardo Quive é jornalista e escritor, membro
                                                      do Movimento Literário Kuphaluxa, de Moçambique, entidade cultural nossa perceira, representante junto do nosso Blog-Revista C&AL e membro do nosso Conselho Editorial/redatorial

Movimento Literário Kuphaluxa
Sede: Centro Cultural Brasil-Moçambique, nº 1728, Caixa Postal nº 1167. Maputo
Celulares:            +258 82 27 17 645       e             +258 82 71 79 349      

MENSAGENS POÉTICAS DO ADEMAR MACÊDO


Uma Trova Nacional 
Quem não sabe, quem não sente
que às vezes nos custa caro
essa audácia de ser gente,
quando ser gente é tão raro?!
(Carolina Ramos)
*******************************
Uma Trova Potiguar
Uma das coisas que movem
um idoso a viver bem
é ter o espírito jovem,
que muitos jovens não têm.
(José Lucas de Barros/RN)
*******************************
Uma Trova Premiada
1998 > Bandeirantes/PR
Tema > USINA > Venc.
Meu sofrido coração
não guarda mágoa ou rancor:
é uma usina de perdão
que opera a todo vapor.
(Milton Souza/RS)
********************************
Uma Trova de Ademar 
Quem faz em nome de Cristo
o seu próprio pedestal,
pagará caro por isto
no julgamento final...
(Ademar Macedo/RN)
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...E Suas Trovas Ficaram
Saudade, quase se explica
nesta trova que te dou:
saudade é tudo que fica
daquilo que não ficou.
(Luiz Otávio/RJ)
*****************************
Simplesmente Poesia
A MORTE DO MEU SONHO.
 Rodrigues de Gouveia/AL –
A morte do meu sonho foi tão triste!
Não teve velas, nem choro, nem nada. 
Tão triste como a fria madrugada 
que à luz do dia em ficar persiste.
Foi tão cruel a morte do meu sonho! 
Sonho que morreu quase sem nascer. 
Esperança vã que não quis viver 
nesse mundo sem luz e tão tristonho.
Sonhar é viver, é sentir na vida 
outra vida de sonho e de ventura, 
que zomba da mais tétrica amargura 
e alegra qualquer dor, por mais sentida.
Por isso eu sinto tanto, tanto a morte 
que o meu sonho levou tão apressada 
pois a minh’alma irá assim, cansada, 
em busca d’outro sonho que a conforte.
************************
Estrofe do Dia
Não tem mais o cachorro nem o gato
A cumeeira da casa é só cupim,
a panela de barro levou fim
e na cozinha não tem mais nenhum prato,
só tem cobra correndo atrás de rato,
não tem mais o cavalo nem a sela
nem ferrolho e nem porta na janela,
nem cadeira debaixo da latada;
toda casa de taipa abandonada
guarda um grito de fome dentro dela.
(Chico Quelé/RN)
*****************************
Soneto do Dia
DOMINGO CHUVOSO...
– Miguel Russowsky/SC –
Chove...Minha caneta escrevinhando, atoa,
pede um tema e nem sei o que fazer...
Se eu fosse nau, dirigiria a proa
ao mares da alegria e do prazer.

Se alguém se atreve a sugerir-me:- Voa!...-
com asas curtas, posso obedecer? -
Quando há zeros demais numa pessoa,
as asas se recusam a crescer.

A “Hora de escrever” trouxe nas malas
só  rimas pobres e se devo usá-las
usa-las-ei; já não mais tenho brios.

Chove... Deixo que chova. Pouco importa
três versos chulos numa  estrofe torta.
Domingo e chuva, os dois estão vazios.