NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BIBLIOTECA MUNICIPAL Dr. JOSÉ PACHECO DANTAS, EM CEARÁ-MIRIM/RN-BRASIL

Biblioteca - Foto: Gibson Machado
Artigo do Professor Gerinaldo Moura
publicado no Blog de GIBSON MACHADO

A Biblioteca do Ceará-Mirim foi criada em 1945, pelo prefeito Ângelo Pessoa Bezerra, com a denominação de “Biblioteca Pública Dr. José Pacheco Dantas”, tendo por objetivo servir ao município como um núcleo aglutinador de material para leituras e pesquisas.
Funcionou inicialmente em uma das salas da Prefeitura, no antigo prédio da Intendência, hoje Câmara Municipal. Seu primeiro dirigente foi Rafael Fernandes Sobral, um apaixonado por Ceará-Mirim a quem coube a incumbência de organizar o acervo inicial.
Na década de 1960 a Biblioteca foi transferida para um prédio situado à Rua Boa Ventura de Sá, sob a administração de Lúcia Brandão, que à época representava o INL – Instituto Nacional do Livro.
Durante a gestão de Maria Lêda Dantas Câmara a Biblioteca finalmente conseguiu sua sede própria. O prefeito de então Ruy Pereira Júnior, recebeu em doação para o município, um imóvel situado à Rua Heráclio Villar, nº 881. A doação foi feita por Iolando da Cunha Pacheco Dantas, filho do patrono da Biblioteca.
O imóvel era uma bela residência, construída em 1930 pelo fazendeiro Joel Carvalho, cujas iniciais estão gravadas em um dos degraus que dão acesso à sacada principal da casa. Possui um pequeno e aconchegante jardim central e duas sacadas em forma de “L”. Foi adaptada para ser a sede da Biblioteca, cuja inauguração aconteceu em 01 de janeiro de 1977. Apesar do tempo e das intervenções, a estrutura arquitetônica ainda guarda traços marcantes da época de sua construção.
Ao longo do tempo a Biblioteca foi se expandindo, ampliando seu raio de ação e incorporando novos serviços. Sob a administração de Gerinaldo moura da Silva foi criado o Prêmio Adele de Oliveira com o objetivo principal de incentivar o hábito pela leitura e fomentar a criação literária no município. Para dar apoio a estudantes dos bairros mais distantes foram criadas a Biblioteca Francisco Jussier Barreto, a Biblioteca Infantil Poetisa Ana Augusta da Fonseca Cabral e a Biblioteca Pedagógica Professor Fernando Agostinho Barros.
Alguns outros projetos forma implementados, dentre os quais, Biblioteca na Escola, um projeto itinerante que levava às escolas da rede pública e particular diversos serviços. Outro projeto, “A Hora do Conto”, oferecia às crianças oficinas de contação de histórias, desenho e teatro.
Atualmente a Biblioteca conta com aproximadamente 9.00 sócios e um acervo de aproximadamente 20.000 (vinte mil livros). Presta serviços de empréstimos e pesquisas, promove exposições culturais, etc.
Dentre os projetos que pretende implantar estão a informatização de seu acervo, internet, videoteca, cinema da escola, Enciclopédia Viva e Hora do Conto.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Concurso "Criar Lusofonia" lança bolsas para produção de obras literárias


A Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, de Portugal, irá atribuir bolsas de  investigação no domínio da escrita para escritores/investigadores de língua oficial portuguesa.

As bolsas serão geridas pelo Centro Nacional de Cultura e têm como objectivo a produção de  obras literárias para divulgação nos países lusófonos: Brasil, Angola, Moçambique, Timor, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde e Guiné-Bissau.

As bolsas incluem viagem e estadia num dos países lusófonos durante 4 meses. Pretende-se, assim, aprofundar contactos entre os investigadores/escritores e o país de acolhimento.Os candidatos deverão ter obra publicada e divulgada, pelo menos nos seus países e apresentar um projecto a desenvolver, bem como o motivo pelo qual se candidatam.

O júri será constituído por 3 elementos de reconhecido mérito na área da literatura.

O prazo de recepção das candidaturas termina a 19 de Fevereiro de 2011.

Para mais informações consulte a DGLB

sábado, 22 de janeiro de 2011

Conterrâneo "ADEMAR MACEDO" e suas "MENSAGENS POÉTICAS"

Trova do Dia: 
Beijo nas faces, carícias
– como tantas, inocentes;
mas abraços são primícias
dos desejos mais ardentes!
(Diamantino Ferreira/RJ)

*******************

Trova Potiguar:
Amor que nunca se esvai
com luz de ofuscante brilho,
Deus está em cada Pai
para gerar cada filho.

(Francisco Macedo/RN)

*******************
Uma Trova Premiada:
2003 - Amparo/SP
Tema - ESTRELA - M/E
Das estrelas não esperes
mais que palavras ao vento;
as estrelas são mulheres
que piscam sem sentimento.
(Selma Patti Spinelli/SP)

********************
Uma Poesia livre:
PAZ...
– J. G. de Araújo Jorge/AC –
Assinemos a paz...
Pelo que fomos
mas já não somos mais,
não vamos desprezar o nosso amor
como um amor qualquer...
Aceitemos o Destino - que a ele cabe
pôr e dispor -
e já que não foi possível a felicidade...
... seja o que Deus quiser...

********************
Uma Trova de Ademar:
 
No mar de um amor enfático,
a minha Nau sem guarida
teve que ancorar sem “Prático”
no porto da sua vida...
(Ademar Macedo/RN)

**********************
...E Suas Trovas Ficaram:
Santa insônia – assim se chama –
não é tão santa vos digo:
sempre que vou para cama,
ela vem deitar comigo!
(Miguel Russowsky/SC)

**********************
Estrofe do Dia: 
No sítio junto aos meus primos
que travessura eu fazia...
quando assistia as novenas
que Tia Sinhá fazia;
bolso cheio de pipoca,
correndo atrás da taboca
do foguetão que caía.

(Américo Pita/RN)

*********************
Soneto do Dia: 
INGENUIDADE.
– Adaucto Gondim/CE –
Faz, hoje, vários dias que o correio
não traz noticias dela para mim.
Alice me esqueceu, por isso, eu creio
que o nosso amor vai terminar, enfim.

Suas cartas antigas eu releio.
O amor de uma mulher é sempre assim:
falsas promessas, juras de permeio,
e a gente espera até que chegue o fim.

O coração de Alice, eu já sabia
que, empedernido, é como a lousa fria:
não sente e nem palpita de emoção...

O culpado fui eu, fui eu somente,
que sabendo de tudo, ingenuamente,
amei uma mulher sem coração!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Musicólogo português estará nas IV Jornadas para Músicos de Banda, em Maceió


O Grupo de Pesquisa  do Curso de Música da Univesidade Federal de Alagoas traz a Maceió o professor Alexandre Alberto Andrade, do Instituto Piaget de Viseu, em Portugal.

O musicólogo foi convidado pelo grupo para as IV Jornadas para Músicos de Banda, evento que visa aproximar as bandas filarmónicas do interior do Estado de Alagoas à universidade. Na oportunidade serão realizadas palestras sobre os métodos utilizados no ensino coletivo instrumental, mais especificamente sobre a pedagogia do ensino coletivo, utilizando instrumentos de banda.

As IV Jornadas Pedagógicas para Músicos de Banda terãoa lugar entre os dias 5 e 9 de abril de 2011, no auditório Guedes de Miranda Espaço Cultural, da Universidade Federal de Alagoas.

O evento pretende investigar a origem das bandas de música no Brasil e Portugal. A coordenação é do professor Marcos Moreira.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

POETA E CORDELISTA CEARAMIRINENSE: "SEBASTIÃO SILVESTRE"


Poeta e cordelista
Sebastião Silvestre Silva (o Tiãozinho do Riacho), nasceu no dia 03 de janeiro de 1970 em Ceará – Mirim, Rio Grande do Norte. Participou de vários saraus, publicou poesias, poemas, trovas e versos em jornais tais como: Tribuna do Norte, O Poti, Tribuna do Vale, O LITORAL e O Vale. Iniciou sua carreira poética nos anos 90. Em 2000 publicou seu primeiro cordel contando a história do seu município. Em 2005 gravou um CD independente contando "causos matutos". Em 2006 ingressa na extinta FM 93,9, com o programa A sanfona e a viola; mas começou como radialista na extinta Rádio Novos Tempos, onde participava de um programa interpretando o personagem matuto Coroné Tiãozinho. Atualmente reside no distrito de Riacho da Goiabeira e apresenta o programa A Sanfona e a Viola na rádio 87 FM de Ceará – Mirim/ RN, aos sábados – de 5h00 as 7h30 da manhã. Seguem alguns versos do seu mais recente trabalho: CEARÁ-MIRIM, PASSADO E PRESENTE.
Ceará – Mirim dos engenhos mortos
Que agora choram em ruínas
No passado foram portos
Casarões de famílias granfinas
Engenho São Leopoldo, Santa Tereza
Igarapé, Usina Ilha Bela
Engenho Morrinhos, Nascença e Capela
Quem foi que matou tua beleza?

Ceará – Mirim das grandes procissões
No mês de dezembro, quanta emoção
Os fiéis peregrinam cheio de bênçãos
Caminhando com a Imaculada Conceição
Ceará – Mirim das grandes lagoas
Gravatá, Cosme e Cambitos
Rio de águas azuis e de águas boas
Em tua margens, meus eternos gritos

Ceará – Mirim do Dr.Roberto
De Orione, Juvenal e Jorginho
Boca da Mata caminho aberto
Vale – Verde de clima fresquinho
Quanta glória, quanta vitória
Como fumaças soltas no ar
Dos velhos engenhos, quanta vitória
Lembranças, não vão voltar

A velha estação do trem
Também faz parte da história
Era o maior vai e vem
Numa longa trajetória
Foi pelos trilhos que veio integração
Interligando Macau, Natal
Carregando pedra, cimento e sal
Parando sempre na mesma estação.

No dia de sua inauguração
Veio o presidente Afonso Pena
Desembarcou no primeiro vagão
Sentiu que a obra era plena
O progresso aqui se fez
Junto veio desenvolvimento
A velha estrada fez alongamento
No ano mil novecentos e seis

Quem olhar para o passado
Com certeza vai lembrar
Do trem cargueiro pesado
Fazendo os trilhos suar
Cortando de Ceará - Mirim a vegetação
Levando gente do litoral ao sertão
Agora temos somente pra lembrar
Saudade, lembrança e recordação.
O cordel completo pode ser adquirido diretamente com o autor pelo fone:9153.2784 .

MATÉRIA TRANSCRITA DO BLOGUE:

sábado, 15 de janeiro de 2011

POETA CEARAMIRINENSE "SANDRO SOARES"

TALENTO DA TERRA

Poeta SANDRO SOARES


Francisco Alexsandro Soares, conhecido como Sandro Soares, nasceu no dia 26 de julho de 1979, em Ceará-Mirim/RN. É filho adotivo de Marlene Soares, casado com Ana Cristina dos Santos Arcanjo e pai de Marlene Thaline Arcanjo Soares e Efraim de Cristo Jesus Arcanjo Soares. Tem ainda dois enteados: Eduardo e Érica. Sobre seus pais biológicos, sabe apenas que sua mãe nasceu no Estado do Ceará e chamava-se Célia, já seu pai, João Maria de Lima, é pescador e reside na cidade de Rio do Fogo/RN.
Cursou o Ensino Fundamental na Escola Estadual Enéas Cavalcanti e na Escola Municipal Dr. Augusto Meira. Iniciou o Ensino Médio na Escola Estadual Professor Otto de Brito Guerra e o concluiu na Escola Estadual Interventor Ubaldo Bezerra de Melo, todas em Ceará-Mirim/RN.
Após seis anos da descoberta do seu dom poético e de ter poemas publicados na revista Ana Maria, da Editora Abril, o poeta publicou em dezembro de 2001 seu primeiro livro, intitulado “Um Trem Para as Estrelas”.
Sandro foi premiado algumas vezes no Concurso de Poesia Adele de Oliveira promovido pela Biblioteca Pública Municipal Dr, José Pacheco Dantas.
Atualmente reside no distrito de Ponta do Mato – Ceará-Mirim. Contato: 9612.2412

Sandro com o ex-prefeito Dr. Roberto Varela
1988

A seguir, alguns poemas que estão inseridos no seu segundo livro: 

VIDA REAL.

SINA DE POETADepois que morre
Todo poeta tem valor
Seja um famoso sortudo
Ou anônimo sofredor.

Quando está vivo
Não importa se seu nome
É Francisco, Renato ou Agenor
Porque não será isso
Que o fará ser esquecido
Ou transformado em mito.

Poetas não são revolucionários
E sim, intermediários
De seres insensíveis,
Pessoas vazias e miseráveis.

Poetas nem sempre amam
Tem o dom que vem da alma
Pode ser alguém rico
E até mesmo um catador de lixo.
19-05-2002

O SEM-TERRA
Nasceu e cresceu urbano
Mas, se identifica com o campo
Por gostar da terra
E nela está semeando.

Não é um agrônomo
Ou criador de projetos agrários
E sim, um pobre desempregado
Que viu na agricultura
A única opção de trabalho.

Quando está na roça
Gosta de saborear rapadura
Pôr veneno nos formigueiros
E roçar o mato.

Essa é a realidade
Do sofrido homem
Que vive no campo
E que pela cidade
Ficou frustrado.
28-05-2002

FOME
Na clarividência do mundo
És da morte a estampa
Vista no semblante
Da desesperança africana.

És a grande razão
Das desigualdades existentes
Entre os sequiosos de poder
E os famélicos por um pão.

És o padecer momentâneo
Que bate na porta
Do profissional em desengano.

És um infinito problema
Uma triste praga
Herdada do Antigo Egito.
16-06-2002


A CASA
Este mundo é um domicílio
Onde Deus é dono
A humanidade é locatário
E o diabo mordomo.

Na sala, o meliante G8
Com suas aves de rapina
Segue a armar planos
Que define a hereditária sina
Da África, Ásia e América Latina

A mercê da própria sorte
Como pé preso em sapato
Vê-se a mórbida África
Presa no quarto

Com o cardápio que tem
A Ásia tornou-se chefe de cozinha
Dando como sobremesa
Seu petróleo e refinarias

E em meio a devaneios
A dormente América Latina
Quando não está na ducha fria
Encontra-se na privada
A defecar sua precária idiotia.
2002

MATÉRIA TRANSCRITA

DO BLOGUE:

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

IMAGEM ANTIGA DE "NILO PEREIRA"



Nilo Pereira e o retrato do Dr. Vicente Inácio Pereira
(seu avô) na Casa Grande do Engenho São Francisco (hoje usina).
Foto do professor Gilberto Osório de Andrade.

FONTE:
EXTINTO BLOGUE

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Conterrâneo "ADEMAR MACEDO" e suas "MENSAGENS POÉTICAS"

Trova do Dia:
Temos certeza da idade
quando as rugas do sol-posto
passeiam com a saudade
na tarde do nosso rosto.
(Héron Patrício/SP)

*******************
Trova Potiguar:
Por caminhos peregrinos,
já venci tanto revés...
Tentando unir dois destinos
perdidos junto aos teus pés!
(Prof. Garcia/RN)

*******************
Uma Trova Premiada:
2001 - Amparo/SP
Tema - ATALHO - M/H
Buscando atalhos estreitos,
quem da mão de Deus se solta,
perde a razão e os direitos
por um caminho sem volta...
(Ercy Maria Marques/SP)

******************
Uma Poesia livre:
REFLEXÃO.
– Jaécio Carlos/RN –

Persevere
e vá em frente
pois quem é gente
sente
a dor do punhal
por trás do corpo
ferindo
o tempo do SER.

*****************
Uma Trova de Ademar:

Ninguém jamais colhe flores
cultivando ódio e maldade;
só faz colheita de amores
quem planta amor de verdade!...
(Ademar Macedo/RN)

*******************
...E Suas Trovas Ficaram:
Um sorriso... um beijo... a glória...
depois, um adeus sem voz...
são vestígios de uma história
que a vida escreveu pra nós.
(Marisol/RJ)

*********************
Estrofe do Dia: 
Como é grande o poder da natureza,
Ver o nhambú correndo a capoeira,
Uma espiga virando tamboeira
e os regatos fazendo correnteza;
Não há nada que tenha mais beleza
Do que a ópera sonora do concris,
Ver no rio correndo os paturis
E acauã trinando uma canção;
Eu não troco um pedaço do sertão
Pelo resto das terras do país.
(Hélio Crisanto/RN)

**********************
Soneto do Dia:
O HOMEM SEM ROSTO.
– Lílian Maial/RJ –
Não sei teu rosto, então, te invento assim:
És como o sol, um Deus, tão importante!
Mas vem a lua e banha o teu semblante,
E esse importante Deus inventa a mim.

Eu me perfumo em versos de alecrim,
E sinto um gosto ardente e atordoante.
Vem do teu corpo o cheiro embriagante,
Que saboreio em notas de jasmim.

Teus braços fortes vêm ao meu redor,
A tua boca eu quero e sei de cor,
Mordendo as rimas, lábios de profeta!

As coxas rijas são o meu sustento,
O pão, a carne, o vinho, o meu ungüento.
Não sei teu rosto, então, amo o poeta!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

UMA POESIA MATUTA DO POTIGUAR "BOB MOTA"

POETA MATUTO CUM NOME DE AMERICANO

O meu nome é Bob Motta,
sô matuto, bicho hôme.
Mais munta gente incucada,
seu pensamento cunsome.
Quando a questão vem à tona,
todo mundo questiona,
o pru quê dêsse meu nome.

E ais pessoa tem razão,
de istranhá, seu fulano.
Diz qui ao me registrá,
meu pai cumeteu um ingano.
Eu, um poeta matuto,
de linguajá puro e bruto,
cum nome de americano.

O meu nome era prá sê,
Mané, Ontôin ô Pêdíin.
Luiz, Tumé, Possidônio,
Damião, Juca ô Zézíin.
Zuza, Vavá, Arcelino,
Apolonho, Tributino,
ô intonce, Francisquíin.

Mais, porém, o qui acuntece,
é qui in Natá, minha mãe terra,
nascí in quarenta e oito,
dispôi da sigunda guerra.
Meu pai me levô daqui,
p'ro sertão do carirí,
p'ruis forró de pé de serra.

Natá, na sigunda guerra,
foi importante na históra.
Mode incruzá o Atrântico,
ficava na trajetóra.
E Parnamirim, bacana,
era a Base Americana,
o Trampolim da Vitóra.

Foi munto grande a influença,
qui aqui sofreu, cada crã.
Tudo qui uis cara fazia,
tarde, noite e de menhã;
foi puraqui adotado,
quage tudo assimilado,
da terra do Tio Sam.

A manêra de vistí,
a manêra de falá,
ais musga, cumportamento,
tôda curtura, afiná.
E ais jove natalense,
só quiria uis gringo, pense,
na hora de se casá.

E uis pai a batizá,
uis fíi, Richard, Jonh, Bill,
Natalie, Sebastian, Paul,
Peter, Julie ô Will.
E meu pai, de peito aberto,
butô meu nome Roberto,
era um EUA no Brasil.

E cuma o nome Roberto,
é Bob, lá pruis fulano,
assim me apilidaro,
dia a dia, ano a ano.
Eu acho qui isso ixprica,
e acaba cum a futrica,
do meu nome americano...

Autor: Bob Motta
Da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte
Da União Brasileira de trovadores-UBT-RN
Do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte

NA IMAGEM ABAIXO,
MEU ENCONTRO COM O BOB MOTA
NO IATE CLUBE DE NATAL

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Monumento a Estácio de Sá, o português que fundou o Rio de Janeiro


A história deste monumento começa nos festejos do 4º Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, em 1965, quando os compositores Haroldo Barbosa e Raul Mascarenhas fizeram um samba que comentava inexistência de um monumento ao fundador da cidade: “Cadê a estátua de Estácio de Sá?”

O facto gerou muita polémica a realização de um levantamento para descobrir que homenagens haviam sido prestadas ao fundador da cidade. Passados os anos, a ideia ressurgiu no Instituto de Patrimônio Histórico Nacional.

O Governo do Estado criou, então, uma comissão, à qual foram apresentados diversos projetos, sendo escolhido o de Lúcio Costa. Finalmente, em 1970, o monumento a Estácio de Sá teve a pedra fundamental lançada pelo então primeiro ministro de Portugal, professor Marcelo Caetano.


O projeto de Lúcio Costa deu origem a um monumento dividido em dois ambientes: um ao ar livre, elevado em relação ao nível do parque, ocupando uma área de 450 m², e outro abaixo, formando um grande salão.

A área externa, talvez intencionalmente, recria o Passeio Público (primeiro espaço público da cidade), cujo terraço permite a vista do mar, tendo próxima uma pirâmide triangular de pedra de 17m de altura que pode ser vista da Baía de Guanabara, um marco na paisagem da cidade.

Lápide de Estacio de Sá, na Igreja de São Sebastião, Capuchinhos

O monumento valoriza o principal símbolo de Estácio de Sá, sua lápide. A partir dela, criou-se uma ambiência de exposição. Instalou-se uma cópia da lápide que está na Igreja dos Capuchinhos, no bairro da Tijuca, a qual foi instalada no piso inferior do monumento, no salão, mas é visível do terraço. Para tanto, criou-se uma estrutura de vidro trapezoidal na laje. Esse vidro dá um efeito de clarabóia no salão, permitindo que os raios solares entrem e incidam sobre a cripta.

No salão, a cripta está sobre uma caixa de areia, que representa a areia onde o fundador da cidade desembarcou, ao lado do marco em pedra, réplica do existente na Urca. O piso e as paredes são de pedras extraídas das ruas do Rio de Janeiro, emparelhadas uma a uma para adequação ao projeto.


Outra preciosidade do monumento é sua porta de bronze, que dá acesso ao salão. Ela foi realizada por Honório Peçanha. De um lado  está o primeiro mapa quinhentista, em relevo; do outro, o brasão do fundador da cidade.

Finalmente, em 29 de marco de 1973, às 10h, foi inaugurado o monumento, com a presença do governador do Estado,  Chagas Freitas, e do então embaixador de Portugal no Brasil, Pr. José Hermano Saraiva.

Em 11 de novembro de 2010, após permanecer fechado para obras durante três anos, foi inaugurado o centro de visitantes do monumento, idealizado por Lúcio Costa há 40 anos.


O local passou a ser mais uma alternativa de passeio, que permite a visão da Baia da Guanabara com o Morro do Pão de Açúcar ao fundo. Foram instalados computadores que poderão ser usados para pesquisa, além de  multimídia com conteúdo audiovisual que conta a história do Rio de Janeiro.

O local, que também conta com um espaço para exposições, encenações e apresentações musicais, possui um auditório com capacidade para 37 pessoas, com projetor, tela gigante e televisores LCD de alta definição, podendo ser utilizado para sessões de cinema, palestras, workshops, entre outras atividades.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Conterrâneo "ADEMAR MACEDO" e suas "MENSAGENS POÉTICAS"

Trova do Dia: De costas, nua, atraente,
vi seu retrato, gamei!
Vi outra foto de frente...
decepção... era um “gay”!
(Francisco José Pessoa/CE)

**********************
Trova Potiguar:
Senhor Cornélio, com medo
das balbúrdias do apagão,
chegou em casa mais cedo
nos rastros do Ricardão.
(Djalma Mota/RN)

**********************
Uma Trova Premiada:
2009 - Bandeirantes/PR
Tema - CHILIQUE - Venc.
Por seu espirro incontido,
teve um chilique a Zefina...
Diz que o “porco” do marido
passou-lhe a “gripe suína”!...
(Jaime Pina da Silveira/SP)

*********************
Uma Trova de Ademar:

Minha mulher viajando,
acordei desesperado;
eu não estava roncando...
Era a sogra, do meu lado.
(Ademar Macedo/RN)

**************************

...E Suas Trovas Ficaram:
Ó menina, não se ponha
a pescar sobre o riacho,
que os peixinhos sem-vergonha
espiam tudo por baixo!
(Colbert Rangel Coelho/MG)

**********************
Estrofe do Dia:
O coveiro é um vivente
de pequena autoridade,
de baixo nível e salário,
porém na realidade,
preso que coveiro prende
nunca mais tem liberdade.
(Zé de Vidal/Santana do Matos/RN)

*************************
Soneto do Dia:
O FANTASMA.
– Orlando Brito/MA –
O armário, numa alcova, junto à cama,
é o último refúgio de um sabido,
quando, nos braços quentes de quem ama,
ouve, na escada, os passos do marido.

Não sou desses vilões que o povo chama
de “pé-de-pano” ou nome parecido.
Outro seria o fim do mesmo drama,
se eu fosse em tal colóquio surpreendido.

Eu sinto falta de ar, eu sofro de asma,
por isso, em vez de entrar no guarda-roupa,
pego o lençol, dou uma de fantasma,

e faço – ú ú – num passo de balé.
O marido, assustado, grita: - Opa!
recua, ganha a porta, e dá no pé!

QUEM É ANA HOLANDA A NOVA MINISTRA DA CULTURA DO BRASIL?


Nome completo: Ana Maria Buarque de Hollanda
Nome artístico: Ana de Hollanda
Data de nascimento: 12 de Agosto de 1948
Filiação: Sérgio Buarque de Hollanda
Maria Amélia Alvim Buarque de Hollanda


2. FORMAÇÃO ARTÍSTICA

1979 a 1996 - estuda técnica vocal e interpretação com a professora e fonoaudióloga Rosemarie Shock - SP

1980 e1981 - Curso de Formação de Atores no Teatro Vento Forte - SP

1990 - Curso de Interpretação Teatral na Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe - Machurrucutu, CUBA

1990 - Oficina de Técnica Vocal com o professor francês Robert Cohen, na Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe - Machurrucutu, CUBA

1993 - estudou técnica vocal com a fonoaudióloga Sônia Corazza - SP

1993 - participou da Oficina de Técnica Vocal ministrada pela fonoaudióloga Glória Beutenmüller, promovido pela SMC da Prefeitura de São Paulo - SP


3. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA ÁREA DE MÚSICA

1964 - estreou cantando em palcos no Teatro do Colégio Rio Branco, no show Primeira Audição, integrando o vocal Chico Buarque e As Quatro Mais - SP

1964 - o mesmo show acima é reapresentado na TV Record.

1968 - primeira gravação fonográfica, canção Dança das Rosas de Chico Maranhão, no LP do III Festival Internacional da Canção Popular.

1978 - participa como vocalista do show Tom, Vinícius, Toquinho e Miucha no Canecão - RJ - e no Anhembi - SP

1978 - participa do Especial de Fim-de-Ano Chico Buarque, da TV Bandeirantes.

1979 - participa do Especial de Fim-de-Ano Chico Buarque, da TV Bandeirantes.

1979 - convidada pelo Selo Eldorado a se apresentar como cantora-solista, acompanhada pelo maestro Édson José Alves, no programa radiofônico FM-Ineditos Apresenta Ana de Hollanda - SP

1980 - grava pelo Selo Eldorado seu primeiro LP solo, Ana de Hollanda.

1995 - grava pelo selo Movie Play seu CD Tão Simples.

1997 - grava no Song-Book de Chico Buarque a canção Lua Cheia, de Toquinho e Chico Buarque.

1980 a 2001 - apresenta-se em shows nos seguintes estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Maranhão, Pará, Amazonas, e Pernambuco.

1980 a 2001 - apresenta em shows nos seguintes países: Angola, Cuba e Uruguai e França.

1968 a 2001 - participa de gravações como solista ou vocalista em discos de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, Miucha, Fafá de Belém, Chico Buarque, Christina Buarque, Chico Maranhão, entre outros.

1982 - compôs e gravou para a campanha do candidato a Governador de Estado, Franco Montoro, o "dingle" Acorda Meu Povo! - SP

1985 - fez a Direção Musical do curta-metragem Vianinha, dos diretores Gilmar Candeias e Jorge Achôa - SP

1999 - ministrou a oficina O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, no SESC Vila Mariana - SP

1999 - ministrou cursos de dois meses para dois grupos O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, no SESC Vila Mariana - SP

1999 - deu aulas avulsas para dois grupos do curso de canto do CEM - SESC Consolação - SP

1999 - ministrou a oficina O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, na Universidade Livre de Música Tom Jobim - SP

1999 - ministrou o curso de dois meses O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, no SESC Ipiranga - SP

2000 - ministrou a oficina O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, na Oficina da Palavra - Casa Mário de Andrade da Secretaria do Estado de Cultura - SP

2000 - ministrou a oficina O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, na Oficina Cultural Sérgio Buarque de Hollanda da Secretaria do Estado de Cultura, na Cidade de São Carlos - SP

2000 - ministrou um curso de quatro meses A Palavra e a Música, na Oficina da Palavra - Casa Mário de Andrade da Secretaria do Estado da Cultura - SP

2000 - compõe novas canções para seu novo CD.

2001 - grava pelo Selo JAM Music o CD Um Filme que sai em Agosto de 2001, promovendo shows de lançamento nas principais capitais e cidades brasileiras.

2001 - ministra o curso O Cantor e a Segurança Interpretativa na Música Popular, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, da Secretaria de Cultura do estado de São Paulo - SP


4. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA ÁREA DE TEATRO

1990 - participa como atriz do espetáculo baseado no conto O Reino deste Mundo, de Alejo Carpentier, dirigido por Amir Haddad - Machurrucutu - CUBA

1990 - escreve em conjunto com a dramaturga Consuelo de Castro a peça Paixões Provisórias.

1993 - participa como atriz e cantora da peça musical Nunca Te Vi, Sempre Te Amei, de Guto Maia, na Jornada Teatral - 1993 no Teatro SESC Anchieta, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e no Pícolo Teatro - SP

1993 - participa como atriz e cantora da peça João e o Pé de Feijão, com direção de Neuza Maria Faro, no Auditório Augusta e no Teatro Ruth Escobar - SP

1994 - indicada para o Prêmio APETESP-1993, como Atriz Revelação pela atuação na peça João e o Pé de Feijão - SP

1994 - participa da leitura dramática da peça Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, dirigida por Silney Siqueira, dentro do projeto Aberto Para Balanço, no TUCA - SP

1995 - dirigida no show Tão Simples pela atriz e diretora Éster Góes.

1980 a 1996 - dirigida e orientada cenicamente em diversos espetáculos pelo diretor e ator Fernando Peixoto.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ARTISTA PLÁSTICO CEARAMIRINESE "EDIVALDO CRUZ SANTIAGO"

TALENTO DA TERRA

Edivaldo Cruz Santiago

Filho mais velho de Etewaldo Cruz Santiago, Edivaldo Cruz Santiago sempre trabalhou ao lado do pai, ajudando na sua lide com o barro. Nascido em 1968, ele conta que aprendeu o que sabe com o velho.“A minha vida foi engraçada. Eu fui servir o Exército e lá eles viram que eu sabia esculpir o barro. Então os oficiais começaram a pedir para eu fazer soldados, marinheiros, emblemas e tudo mais. Eu fui fazendo. Também fazia algumas imagens, mas as figuras militares acabaram sendo o meu forte e o meu ganha-pão. Eu gosto de fazer tudo bem detalhado, bem trabalhado. Acho que, com o tempo, o escultor vai descobrindo coisas e ficando mais sabido, com mais conhecimento.”As peças em tamanho natural de Edivaldo podem ser vistas nos jardins de vários quartéis e bases aéreas.
“No quartel onde servi até me deram uma dispensa para eu poder ir para casa e fazer a peça que eles queriam.” 

Santos Dumont (Barro platinado - 15 cm)

Soldado (Barro cru - 25 cm)

MATÉRIA TRANSCRITA DO BLOGUE: