NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Conterrâneo "ADEMAR MACEDO" e suas "MENSAGENS POÉTICAS"

Trova do Dia: 
Vivo em constante conflito
entre o delírio e a razão:
– meu sonho alcança o infinito,
meus pés tropeçam no chão!
(Elisabeth Souza Cruz/RJ)

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Trova Potiguar: 
No sertão, sol causticante,
meu pai de enxada nas mãos,
foi morrendo a cada instante
por mim e por meus irmãos!...
(Francisco Macedo/RN)

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Uma Trova Premiada: 
1998 - Sete Lagoas/MG
Tema - ANDANÇAS - M/H.
Quem faz de andanças porfias
buscando, sempre, os atalhos,
chega ao fim de mãos vazias
e o coração em frangalhos!
(Antônio Juraci Siqueira/PA)

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Uma Poesia Livre: 
OCASO.
– Marina Bruna/SP –
No mundo, grades
barrando os meus anseios.
No corpo, limites
frustrando as vaidades.
No senso, críticas
cercando os meus prazeres.
No tempo, marcas
secando as esperanças...
Ah!
Quero reacender luzes apagadas,
pintar paredes envelhecidas
antes que muros definitivos
encerrem meu continente de sonhos,
ambições e de loucuras!...

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Uma Trova de Ademar: 
O grande desmatamento,
por ganância ou esperteza,
põe rugas de sofrimento
no rosto da natureza...
(Ademar Macedo/RN)

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...E Suas Trovas Ficaram:
No amor que a nós dois encanta
e, para alguns, é até “crime”,
há tanta ternura, tanta,
que mesmo errado... é sublime!...
(Nádia Huguenin/RJ)

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Estrofe do Dia: 
Deus pintou o cenário mais bonito
nos neurônios que tem na minha mente.
Com o brilho das luzes da poesia
me ensinou a fazer verso e repente;
me deu todas as dicas sobre a rima
e depois de fazer esta obra-prima
deu ao mundo um poeta de presente.
(Ademar Macedo/RN)

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Soneto do Dia: 
PEDINTES.
– Atos Fernandes/SP –
O pobre pede pão. O nobre pede o trono.
O santo pede o altar, o crente pede a missa,
e quem das leis sociais sofre amargo abandono
ergue as mãos para o Céu, pedindo por justiça.

Quem ama pede amor. O insone pede o sono.
O mártir pede a cruz, e pede o herói a liça.
Pede o inverno o verão; a primavera o outono,
e o sábio pede a luz da verdade castiça!

Quem luta pede a paz. O enfermo pede a cura.
O verme pede a terra e a águia pede a altura,
e quem sofre a opressão pede a mão que o redima.

E o Poeta, também, seguindo a mesma norma,
é um mendigo a pedir a pureza da Forma,
a beleza da Idéia e a riqueza da Rima!

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