HELICARLA MORAIS, ALÉM DOS RIOS CORRENDO DENTRO DE UM HOMEM (NILO PEREIRA), APRESENTOU SUA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SOBRE NILO PEREIRA E CEARÁ-MIRIM.
NILO PEREIRAHELICARLA MORAIS
Viagem e escrita:
Do Ceará Mirim ao Recife
e do Recife ao Ceará Mirim
e do Recife ao Ceará Mirim
Helicarla Nyely Batista de Morais
Dissertação apresentada como requisito parcial
para obtenção do grau de Mestre no Curso de
Pós-Graduação em História, Área de Concentração
em História e Espaços, Linha de Pesquisa I:
Natureza, Relações Econômico-Sociais e
Produção dos Espaços,
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
sob a orientação do Prof. Dr. Raimundo Arrais.
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
sob a orientação do Prof. Dr. Raimundo Arrais.
Natal/RN
Agosto de 2010
Graduação em História, Área de Concentração
em História e Espaços, Linha de Pesquisa I:
Natureza, Relações Econômico-Sociais e
Produção dos Espaços,
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
sob a orientação do Prof. Dr. Raimundo Arrais.
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
sob a orientação do Prof. Dr. Raimundo Arrais.
Natal/RN
Agosto de 2010
Agradecimentos
Agradeço com todo o coração àqueles que
não permitiram que eu estivesse sozinha
nos momentos de incerteza e desânimo.
Agradeço a todos que compreenderam que
mais do que silêncio e solidão,
o trabalho intelectual também pede afeto e cuidado.
Necessita, muitas vezes, de amparo.
Não encontramos apenas nos livros
e marcas pelo texto
e marcas pelo texto
os fios que se rompem e fazem errar o caminho.
O norte perdido muitas vezes está na ternura
do gesto de se estender a mão
e reconduzir ao caminho, ao texto.
Obrigada aos amigos que sempre me disseram
que nada estava perdido e que no tempo certo
que nada estava perdido e que no tempo certo
as tarefas seriam cumpridas,
a vida tornaria a seu curso.
Obrigada, Sylvana, por todo o carinho e incentivo
que você e sua família me deram.
As nossas conversas sobre a vida, sobre a história,
também estão aqui nesse trabalho,
esse que eu pude fazer.
Agradeço também a minha querida Cris,
que sempre esteve por perto,
mesmo quando foi difícil me encontrar.
Obrigada, as duas, por me fazerem acreditar
sempre que posso ser uma historiadora
(algum dia serei...).
sempre que posso ser uma historiadora
(algum dia serei...).
Agradeço a Neto, Alenuska, Renato e Márcia
pelo gesto de incentivo sempre.
Adriana e Arthur, sou muito feliz
pela nossa convivência tão próxima no último ano.
Daniel, meu querido colega de turma,
muito obrigada pelo carinho
e respeito com que sempre me tratou.
Sou-lhe muito grata pela amizade
que me dedicou nesses dois anos.
Ao meu Pai e minha Mãe, muito obrigada.
Os últimos meses foram de muita tensão
e recolhimento.
e recolhimento.
Nunca estive por tanto tempo em casa
como estive durante esse período.
E nunca estive tão ausente também.
Foi muito importante saber que
alguns vínculos não se rompem.
Agradeço aos meus três irmãos,
três irmãos mais novos do que eu,
mais fortes do que eu.
Obrigada por tentarem me proteger.
Agradeço aos professores
com os quais convivo desde a graduação
e que vêm me ajudando a dialogar com a História.
Durval, Almir, Nonato, Helder, Wicliffe,
Aurinete, meus professores, muito obrigada.
Chamo-lhes, assim, pelo primeiro nome
porque estabelecemos, nesses seis anos
de convivência e aprendizado,
uma relação de respeito e afeto.
E de minha parte, como é justo e devido,
de profunda admiração.
Agradeço também a colaboração dos professores
que fizeram parte de minha banca de qualificação,
Humberto Hermenegildo, Muirakytan Macedo
e Raimundo Nonato Rocha,
naquela ocasião na condição de meu orientador.
Aquele momento foi muito importante
para a finalização do trabalho.
Agradeço também aos funcionários do Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte,
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte,
do Arquivo Público do Estado
e da Cúria da Diocese de Natal,
onde pude consultar os jornais
que ajudaram a construir o trabalho.
Agradeço também à Virgínia Barbosa
e a Luiz Marcondes,
funcionários da Fundação Joaquim Nabuco,
no Estado de Pernambuco,
que me conduziram na pesquisa que realizei
nos arquivos daquela instituição.
As manhãs em que estive no Arquivo Público
Estadual de Pernambuco também
renderam bons frutos.
Estadual de Pernambuco também
renderam bons frutos.
Devo ainda um agradecimento à Fundação
Gilberto Freyre, de onde me foram enviados
arquivos de extrema valia
Gilberto Freyre, de onde me foram enviados
arquivos de extrema valia
para a conclusão da dissertação.
Agradeço à Fundação Nilo Pereira, de Ceará-Mirim,
especialmente, ao funcionário Edvaldo,
especialmente, ao funcionário Edvaldo,
pai do meu amigo Adriano
e também um amigo querido.
e também um amigo querido.
Lá pude consultar o álbum de fotografias
que Sebastião Lucena produziu,
a pedido de Nilo Pereira,
a pedido de Nilo Pereira,
da casa grande do engenho Guaporé,
que guardava ainda outra preciosidade,
um texto de Gilberto Freyre sobre aquela casa.
um texto de Gilberto Freyre sobre aquela casa.
Agradeço à família Pereira que conheci no Recife:
o Sr. Geraldo Pereira, Zaina e Carol,
que me receberam com tanto carinho
e me conduziram em minhas andanças pelos
arquivos e pela cidade.
arquivos e pela cidade.
Ao Sr. Geraldo, especialmente,
por não ter medido esforços para me auxiliar
na busca por documentos.
Eles não foram apenas colaboradores.
Voltei do Recife com a certeza de ter estabelecido
por lá não apenas laços profissionais,
por lá não apenas laços profissionais,
mas também laços de afeto.
Agradeço também ao Sr. Roberto Pereira
que foi sempre tão distinto
e atencioso às minhas indagações.
Lembro também os membros do Conselho
Estadual de Cultura e da Academia
Pernambucana de Letras
Estadual de Cultura e da Academia
Pernambucana de Letras
que me ouviram com respeitosa atenção
e me ajudaram também a reconstituir traços
importantes da trajetória de Nilo Pereira.
importantes da trajetória de Nilo Pereira.
Agradeço também à Lúcia Helena Pereira, que,
sempre muito carinhosa e solícita,
me ajudou a esclarecer dúvidas e a garimpar
documentos.
documentos.
Agradeço às instituições de fomento à pesquisa
de Ensino Superior, CAPES e CNPq,
pelo apoio financeiro tanto na graduação,
quando fui aluna de Iniciação Científica,
como no Mestrado,
quando estive na condição de bolsista.
Agradeço também o apoio técnico do Grupo
de Pesquisas “Os Espaços na Modernidade”,
de Pesquisas “Os Espaços na Modernidade”,
coordenado pelos professores Raimundo Arrais
e Raimundo Nonato.
Agradeço também à Flávia, minha colega de
Grupo, por me ajudar com as últimas
arrumações do trabalho. Sobre o meu orientador,
o Professor Raimundo Arrais,
Grupo, por me ajudar com as últimas
arrumações do trabalho. Sobre o meu orientador,
o Professor Raimundo Arrais,
tenho certeza de que ele compreende
a justa medida de sua presença nesse trabalho
e na minha trajetória no Curso de História da UFRN.
Agradeço imensamente pela parte significativa
de sua biblioteca que foi transportada
para a minha casa.
para a minha casa.
Para mim, são uma preciosidade.
Sempre cuidei muito bem de seus livros
por acreditar que guardava comigo sua maior
riqueza.
riqueza.
Agradeço pelas marcas firmes e direcionadoras
no texto, pelas aulas, pelas conversas que durante
no texto, pelas aulas, pelas conversas que durante
os últimos cinco anos caracterizaram sua
orientação esclarecedora, dedicada e competente.
orientação esclarecedora, dedicada e competente.
Sem o professor Raimundo
esse trabalho não seria possível,
pois ele me ajudou a compreender
como viagens podem significar na escrita e na vida.
Quanto à dissertação,
preciso dizer àqueles a quem agradeço
que não é o que eu gostaria nem o que deveria ser.
Não unicamente pela versão no papel,
que não se explica em si mesma, como todo texto
escrito, mas pelas circunstâncias
em que foi concluída.
escrito, mas pelas circunstâncias
em que foi concluída.
Resumo
O trabalho proposto analisa o processo de
construção da escrita memorialística
do intelectual Nilo Pereira,
nascido no início do século XX,
nascido no início do século XX,
na cidade de Ceará-Mirim.
A elaboração da escrita do cearamirinense
é marcada por dimensões afetivas e históricas,
fruto da relação do autor com os grupos sociais
nos quais esteve inserido, como os
regionalistas do Recife.
regionalistas do Recife.
A compreensão da formação dessa escrita
envolve a investigação dos dispositivos de
construção da memória e também da formação
e manutenção de um grupo, já que isso implica
um desejo auto-formativo.
construção da memória e também da formação
e manutenção de um grupo, já que isso implica
um desejo auto-formativo.
Para compreender o processo de formação da
escrita memorialística de Nilo Pereira, analisamos
crônicas e livros que ele publicou durante meio
século de exercício intelectual, associando a esse
conjunto a leitura de uma bibliografia que ajudou
a reconstituir o contexto histórico e social
escrita memorialística de Nilo Pereira, analisamos
crônicas e livros que ele publicou durante meio
século de exercício intelectual, associando a esse
conjunto a leitura de uma bibliografia que ajudou
a reconstituir o contexto histórico e social
no qual o autor estava inserido.
Não estudamos um período exato da
escrita do autor.
escrita do autor.
Tentamos apreender em cada período
as características do homem e da escrita,
tentando compreender a lógica
da sua trajetória intelectual.
Tomamos como referências básicas de nossa
análise os livros Evocação do Ceará-Mirim (1959),
A rosa verde (1982)
e Imagens do Ceará-Mirim (1969).
e Imagens do Ceará-Mirim (1969).
Tomamos esse último como referência base
de nossa análise por considerá-lo o mais elaborado
dos livros de memória de Nilo Pereira, representando
a síntese do memorialismo praticado por ele.
De um modo geral, o trabalho aqui apresentado
investiga a escrita de Nilo Pereira e sua relação
com um grupo de intelectuais nordestinos da primeira
metade do século XX e a cidade de Ceará-Mirim.
Memória, história, escrita,
Ceará-Mirim/Recife, Nilo Pereira.
Parabéns a Helicarla de Morais, este “Mimo de Deus”, que com inefável ternura soube retratar com maestria a história do Célebre escritor:
ResponderExcluirNilo do vale aristocrático
Rio de romance e poesia
Viveu a rosa verde a contemplar
Num Ceará – Mirim Mítico e Enigmático
Entre o trono e o altar
D. Pedro Segundo o vento leva
Nilo Pereira não levará
“Crésio Torres”