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quinta-feira, 21 de abril de 2011

DOIS POEMAS DO POETA PORTUGUÊS - SILVINO POTENCIO - RADICADO NO BRASIL, PRECISAMENTE EM NATAL/RN - BRASIL.


SILVINO POTENCIO
- POETA PORTUGUÊS -
Emigrante Transmontano
em Natal - Brasil



Poema evocativo da passagem do poeta Silvino Potencio (radicado em Natal),por uma cidade localizada na Provincia do Cuanza Sul (Angola) onde, por mera coincidência o Velho Zeca Afonso (grande cantor português de saudosa memória), também passou cerca de um ano na juventude ali vivida.



O Rio Cambongo desce do planalto “Huambino” e deságua entre Benguela e Sumbe.

À beira do Cambongo…



À beira do “cambongo” assentado,
Estava ali tão desolado, e sem consolação…
Este ilustre emigrante, só mais tarde “Retornado”
O criador tão imberbe da mais célebre canção!

E no calor da tal terra tão carente,
Começou ele a gritar p’ra toda a gente…
Grande Olá Vi Lá Morena,

Junto desta, a minha terra é bem pequena!
Terra da felicidade, onde eu morro de vontade…
De voltar à minha aldeia tão formosa,
- que mais parece um raio diamante precioso!

De terra mãe, com xale preto de saudade…
Por muito tempo inda verás o fogo ardente,
- que me queima a Alma das entranhas desta gente!

(in Poesias Soltas: Silvino Potencio/Ago/2009)

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O MAR DE OEIRAS!...


Oeiras, Oeiras!...
Carcavelos à vista, Sou contrabandista,
E desta imensa lista de Amigos Virtuais.
Saí de Lisboa... dei voltas à toa, e parei em Cascais...

Fui lá no Inferno da boca do mar...
Avistei a Barra de São Julião onde até o meu coração...
Desejou voltar, para ver e amar!

Em mais um terceto deste meu soneto,
De rimas sem mote, porque o nosso bote viaja sem leme.
Sem rumo sem força, desta nossa mossa que dói e não teme.

Não marca nem mancha, o dom desta prancha...
Que eu levo pró mar, pois vou navegar...
No mundo dos sonhos, que é o meu cantar!

E lá no Estoril, do Monte ao barril,
Se faz o teu néctar, da flor dos encantos,
De gritos e prantos deste azul anil...
- te deixo em prantos.

Que no final da tarde, por dentro e por fora...
Me queimam no peito, e por este jeito, eu já vou embora!
Deste mar de Oeiras...
- vou... sem eira nem beira!
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MATÉRIA TRANSCRITA DO BLOGUE
DE LÚCIA HELENA PEREIRA

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