Morreu na última Terça-feira, no Porto, em Portugal, aos 73 anos, o artista plástico Ângelo de Sousa, cuja obra é considerada pioneira e inovadora na história da arte portuguesa do século XX. Ângelo de Sousa representou o país em várias bienais, como a de S. Paulo e de Veneza.
Com uma vida intensa dividida entre a arte - pintura e escultura -, a investigação e o desenvolvimento de técnicas inovadoras e a docência na Faculdade de Belas Artes do Porto, Ângelo de Sousa desde cedo despertou atenções. Em 1959 realizou a sua primeira exposição na extinta galeria Divulgação, ao lado do então já consagrado Almada Negreiros.
Ângelo César Cardoso de Sousa nasceu a 2 de Fevereiro de 1938, na antiga Lourenço Marques, hoje Maputo, Moçambique, e com 17 anos foi viver para o Porto.Concluiu o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde leccionou várias disciplinas do mesmo curso e chegou a professor catedrático.
Escultura em ferro pintado, de Ângelo de Sousa, na Avenida da Boavista, 1837 (Edifício Burgo - Eduardo Souto de Moura), Porto
ntegrou o grupo "Quatro Vintes", com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues, assim denominado por todos terem concluído a licenciatura com a classificação de 20 valores. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian por várias vezes, e obteve também uma bolsa do Consulado Britânico ("The British Council Scholarship").
A arte de Ângelo de Sousa não se restringiu à pintura. Ele fez também incursões nas áreas da escultura, fotografia, cinema e gravura.
O funeral do artista realiza-se sexta-feira, às 10.45 horas, para o cemitério do Prado do Repouso, no Porto.
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