ESTA CRÔNICA DA ELIANA PEREIRA FEZ-ME LEMBRAR DA MINHA SAUDOSA MÃE "MARLI CÂMARA DA SILVA" QUANDO FUI VISITÁ-LA NO HOSPITAL SÃO LUCAS DE NATAL/RN, POUCOS DIAS ANTES DELA PARTIR PARA OUTRO PLANO. QUANDO A VI DEITADA NA CAMA, TIVE A IMPRESSÃO QUE ELA TERIA ENVELHECIDO MUITO MAIS RÁPIDO! JÁ NÃO ERA AQUELA SENHORA CHEIA DE VIDA, DE IDÉIAS, DE REALIZAÇÕES... JÁ NÃO ERA A MULHER FIRME, QUE ARGUIA AS PESSOAS QUE NÃO A COMPREENDIA, DEMONSTRANDO-LHES SEU DESPRAZIMENTO. SENTI QUE ELA ESTAVA NERVOSA, COM AS MÃOS TREMULAS... FIQUEI TRISTE! DESPEDI-ME DANDO-LHE UM BEIJO NO SEU ROSTO, JÁ PÁLIDO, PEDI-LHE SUA BÊNÇÃO... RETRIBUIU-ME COM UM SORRISO NERVOSO E FORÇADO, DEIXANDO-ME MAIS TRISTE E SEM ESPERANÇAS. PENSO NELA TODOS OS INSTANTES DA MINHA VIDA, SEJAM ALEGRES, TRISTES... MAS ELA NUNCA SAI DO MEU PENSAMENTO! SINTO FALTA DO CALOR DE UM ABRAÇO SEU, DE UM CARINHO, DE UMA PALAVRA AMIGA, POIS ULTIMAMENTE ANDO TÃO SÓ! MAS SINTO-A PERTO DE MIM, COMO UM ANJO BOM NAS MINHAS HORAS SOLITÁRIAS. LEIA ESTÁ CRÔNICA DA MINHA AMIGA ELIANA E VOCÊ VAI ENTENDER ESTE MEU DESABAFO! (Ceicinha Câmara).
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PARA QUEM VOU TELEFONAR AGORA?
Imagem do acervo fotográfico de Eliana Pereira.
Não tenho feito crônicas dentro da temática integralmente carnavalesca. Há um clima no ar, mas dentro de mim não preservo este espírito que já se foi embora faz tempo.
A vida vai seguindo nuances diferentes que eu já tentei resgatar e pouco consegui. Sinto, apenas, que nas minhas lembranças ficaram o alicerce do que sou hoje, resguardadas as minhas orientações primeiras, básicas na formação do meu caráter.
Hoje , senti muita falta da minha mãe. Foram tempos que não voltam mais. Era tudo tão bom. Nossos mil telefonemas diários. Minhas confidências, as suas promessas cumpridas, a certeza ,sempre, das suas certezas.
Não imaginara ver a minha mãe num estado de sonambulismo quase que o dia todo. Difícil acostumar-me em lhe ver assim.
Neste momento, sinto uma saudade crucial de ouvir a sua voz. E por isso, choro e padeço.
Deus, faz a minha mãe ficar boa. Sem ela, para quem vou telefonar agora?
A vida vai seguindo nuances diferentes que eu já tentei resgatar e pouco consegui. Sinto, apenas, que nas minhas lembranças ficaram o alicerce do que sou hoje, resguardadas as minhas orientações primeiras, básicas na formação do meu caráter.
Hoje , senti muita falta da minha mãe. Foram tempos que não voltam mais. Era tudo tão bom. Nossos mil telefonemas diários. Minhas confidências, as suas promessas cumpridas, a certeza ,sempre, das suas certezas.
Não imaginara ver a minha mãe num estado de sonambulismo quase que o dia todo. Difícil acostumar-me em lhe ver assim.
Neste momento, sinto uma saudade crucial de ouvir a sua voz. E por isso, choro e padeço.
Deus, faz a minha mãe ficar boa. Sem ela, para quem vou telefonar agora?
ELIANA PEREIRA
Psicóloga
Filha do escritor cearamirinense:
Nilo Pereira
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Ceicinha,
ResponderExcluirHá uma empatia entre nós duas. Sinto a sua dor, como sinto que você está comigo neste meu momento nebuloso de aflições. Há uma solidão incorporada.
A minha espontaneidade e a sua sensibilidade se uniram e fizeram de nós grandes amigas.
Obrigada por mais uma crônica minha postada além mares. Saudades de você, grande escritora/poetisa. Estou chique com os meus textos divulgados em Portugal.
bjs, Eliana Pereira
Eliana,
ResponderExcluirParabéns pela emocionante e belíssima crônica.
Vi no FB esta postagem, colocada pela escritora Ceicinha.
Sou de Pernambuco, e estarei acompanhando este blogue de agora em diante.
Saudações,
Arnaldo Lemos/ médico
Arnaldo Lemos