NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Conterrâneo "ADEMAR MACEDO" e suas "MENSAGENS POÉTICAS"

Trova do Dia: 
A lágrima mais doída
não é a que, aos olhos, vem,
mas a que fica escondida,
sem se mostrar a ninguém!
(Delcy Canalles/RS)

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Trova Potiguar:
Não sai da minha lembrança
naquela esquina saudosa,
nosso idílio de criança,
ao ser cravo e você rosa.
(Hélio Pedro/RN)

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Uma Trova Premiada:
2009 - ATRN-Natal/RN
Tema - FAMÍLIA - 3º Lugar.
A violência e outras formas
de opressão, mesmo discretas,
não conseguem ditar normas
aos corações dos poetas!
(Rodolpho Abbud/RJ)

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Uma Poesia livre:
A LUA E AS MULHERES.
Olga Agulhon/PR
A lua afeta as mulheres
tal como afeta o mar:
o mar é maré;
a mulher amar é.
Algumas entornam-se em lágrimas de emoção;
outras tornam-se amargas como um “não”.
Algumas, vampiras;
outras, caipiras;
todas, mentiras.
Mas os homens deveriam saber a lição:
a culpa é do São Jorge,
que não domina o dragão.

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Uma Trova de Ademar:
O Mestre tem doutorado
no saber e na doutrina;
mas, o poeta é formado
na faculdade divina.
(Ademar Macedo/RN)

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...E Suas Trovas Ficaram:
Tudo sempre se renova
por extensão do progresso,
tudo cabe numa trova...
Mesmo as coisas do Universo.
(Agostinho Cardoso/CE)

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Estrofe do Dia: 
Caminhei no jardim do paraíso
Onde flora a beleza da existência,
Vi a flor exalando a pura essência
Sobre a forma divina dum sorriso.
Dum pequeno botão lindo e preciso
Eclodia um Ser de singeleza,
Era Deus revelando a natureza
Duma flor perfumada de esperança,
Onde as pétalas sutis do Ser criança
Encantava a minha alma de beleza.
(Gilmar Leite/PE)

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Soneto do Dia: 
AI, SENHORA...
Gabriel Bicalho/MG
Ai, Senhora, livrai-me da agonia,
do esperar-vos e ter outra ventura,
pois que vivo de espera todo dia
e a esperança me leva à sepultura.

Concedei-me, Senhora, essa harmonia
de morrer sem sofrer malsã tortura
que de vosso desprezo se irradia,
do querer-vos e merecer ternura.

Ai, tantas primaveras nos roubastes
sem vos dar conta já desses desgastes
que o desamor nos causa em namorilhos.

Ai, tantas flores morrem, sós, nas hastes
que mais não busco amor fugaz, sem brilhos,
se vejo Cronos devorar seus filhos.





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