Cara Amiga Ceicinha Câmara,
Tem tudo a ver com a sua condição emigrante e por isso ... se me quizer dar a honra de divulgar na sua página, receba o meu muito Obrigado!
Silvino Potêncio -
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On Line contacts- MSN - ss_potencio@hotmail.com
De: S.S.Potêncio,
Balada do Emigrante Luso...
Pelas ruas da amargura,
Eu passei o meu coração.
Vi todos de alma pura, a caminho da emigração!
De longe... lá do fim do mundo,
Aonde a saudade é remota.
Eu desci ao poço sem fundo, e voltei à minha porta.
Nesta minha volta a casa,
Encontrei tudo tão mudado.
Como pássaro que não tem asa, me tornei um "retornado"!
Vivi triste sem destino,
Passei na rua acabrunhado.
De volta ao meu caminho, orei ao Senhor Roubado!...
Mas foi tudo tão de repente,
Num apíce os anos se foram...
As chagas desta corrente, na flor da vida 'inda moram!
Trovas que me trazem à alma,
A dor desta grande ilusão.
No cair ninguém dá a palma, e o outono sucede ao verão!
As glórias de tais insucessos,
São lembranças esmaiecidas.
Nos passeios há tropeços, e nas casas almas vencidas!
É, pois... com tanta candura,
Que eu passeio o meu coração.
Nas ruas desta amargura,... desta saudosa nação.
Os frutos do meu paraíso,
Não me chegam a tais longuras.
Penso neles com sorriso, na sombra de noites escuras!
Fico à espera da primavera,
Onde a esperança ainda mora,
Nem sou sonho nem quimera, apenas me vou embora!
Vou descendo lentamente,
Como a neblina incessante.
Cobrindo na minha frente, o meu caminho emigrante!
Lá no fundo em recondito,
Lugar de extrema esperança,
Já se me solta um grito!... vou me embora, vou p'ra França!
E um dia quando eu voltar,
De novo à minha terra natal,
Terei que parar de emigrar, porque voltei a ti Portugal!...
Silvino Potêncio - Janeiro/2008
http://zebico.blog.com/
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