Brasileiro Ferreira Gullar
vence Prémio Camões
Prémio Camões:
Ferreira Gullar
"surpreso" e "felicíssimo"
O escritor brasileiro Ferreira Gullar, de 79 anos, é o vencedor da edição de 2010 do Prémio Camões. No anúncio, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, admitindo que não fora possível entrar em contacto com o premiado, destacou a "actiividade cívica do laureado", que foi exilado político na década de 70, sendo uma "grande figura da lusofonia", eleito uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil pela revista 'Época' no ano passado. (Por:Sofia Canelas de Castro - Correio da Manhã).
O poeta e dramaturgo brasileiro Ferreira Gullar ficou «surpreso e felicíssimo» ao saber que tinha sido galardoado com a maior distinção da literatura portuguesa.
«Foi uma surpresa total. Fiquei felicíssimo», disse Ferreira Gullar à Agência Lusa, por telefone, da pousada onde está hospedado na cidade de Monteiro Lobato, no interior paulista, a 132 quilómetros da capital.
O município, na Serra da Mantiqueira, foi berço de um dos grandes nomes da literatura brasileira - José Bento Monteiro Lobato, e preserva não só a memória do escritor em seu nome como o seu maior património - o Sítio do Pica-Pau Amarelo, que inspirou personagens como Jeca Tatu, Emília e Visconde de Sabugosa.
O júri, presidido por Helena Buescu, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é composto por José Carlos Seabra Pereira, professor associado da Universidade de Coimbra, Inocência Mata, professora santomense de Literaturas Africanas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e professora convidada em várias universidades brasileiras e norte-americanas, Luís Carlos Patraquim, escritor e jornalista moçambicano, António Carlos Secchin, escritor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ainda a escritora brasileira Edla van Steen.
No ano passado, foi galardoado o escritor cabo-verdiano Arménio Vieira, e nos anos anteriores o brasileiro João Ubaldo Ribeiro (2008) e o português António Lobo Antunes (2007)
Considerado o maior prémio literário em língua portuguesa, o Prémio Camões foi instituído há 12 anos pelos governos de Portugal e Brasil e visa reconhecer anualmente um escritor que contribua para "enriquecer o património literário" na língua de Camões. E é anunciado e entregue em mãos, à vez, ora no nosso País, ora do outro lado do Atlântico.
O júri desta 22ª edição do Prémio Camões é constituído pelos académicos Helena Buescu e José Carlos Seabra Pereira (Portugal); pelo poeta Luís Carlos Patraquim (Moçambique) e ainda pela professora doutora Inocência Mata (São Tomé e Príncipe), o poeta António Carlos Secchim e a escritora Edla Van Steen (Brasil).
O poeta cabo-verdiano Arménio Vieira foi o mais recente laureado – recebeu o prémio em Lisboa, na presença de Cavaco Silva e Lula da Silva, ainda este mês – mas o Prémio Camões já reconheceu a obra de valor de nomes sonantes como os dos portugueses Miguel Torga, José Saramago, Agustina Bessa-Luís ou António Lobo Antunes, dos brasileiros Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro ou do angolano Pepetela e o moçambicano João Craveirinha, entre muitos outros desde a criação do troféu, em 1989.
Em 2006, alegando “razões íntimas e pessoais”, José Luandino Vieira, escritor angolano, hoje com 75 anos, recusou o galardão. Entrevistas posteriores ao anúncio do nome do premiado deram conta de que o autor não aceitara o prémio por se considerar um escritor morto e, por isso mesmo, considerou que o Prémio Camões deveria ser entregue a alguém que continuasse a produzir.
O valor do prémio, cuja contribuição é divida equitativamente entre os dois países, ascende aos 100 mil euros.
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José Rodrigues dos Santos vence prémio clube literário do Porto
O troféu será entregue na terça-feira, às 22h00, no clube literário do Porto, num evento que será conduzido pelo professor Salvato Trigo, da Universidade Fernando Pessoa, responsável pela apresentação do escritor na cerimónia.
Proezas como o milhão de exemplares vendidos pelo conjunto da obra de ficção e ensaio do autor, bem como "a criatividade no domínio da ficção", deverão ser enaltecidas no evento, revela o Correio da Manhã.
Este prémio tem o valor de 25 mil euros, e já foi atribuído, em edições anteriores a autores como Mário Cláudio, Miguel Sousa Tavares e António Lobo Antunes.
Ao Correio da Manhã, o escritor e jornalista revelou que já tem destino para os 25 mil euros do troféu: «Irá para a educação da minhas filhas.»
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Evento de lançamento do DVD dos Xutos em concerto do Restelo
Os Xutos & Pontapés lançaram ontem o DVD do concerto do Restelo, espectáculo que assinalou 30 anos dos Xutos, nos cinemas UCI/El Corte Inglés, em Lisboa.
Além dos muitos fãs, que vibraram por ver ao vivo a sua banda preferida, marcaram presença amigos e familiares dos músicos.
Zé Pedro dos Xutos esteve acompanhado da namorada, Cristina Avides Moreira e João Cabeleira, de Bastet.
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E PARA TERMINAR ESTA MATÉRIA COMPLETAMENTE LUSÓFONA, VENHA CURTIR COMIGO, UM DOS GRANDES ÊXITOS DA MELHOR BANDA DE ROCK PORTUGUESA "XUTOS E PONTAPÉS", QUE PARTICIPOU RECENTEMENTE NO "ROCK IN RIO LISBOA 2010".
LETRA DA MÚSICA :
"O Homem do Leme"
Xutos & Pontapés
Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
OBS.: A letra da música não deixa de ser uma bela poesia. Os Xutos são os melhores do Rock português.
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