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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

UMA BELA CRÔNICA DE ELIANA PEREIRA, FILHA DO CEARAMIRINENSE "NILO PEREIRA". BOA LEITURA!

"ENQUANTO HOUVER POESIA..."


Ainda estou perplexa. São tantas variáveis, acontecimentos e atitudes inusitados que, ao meu ver, não consigo decifrá-los com a facilidade que gostaria.
Sinto que a vida passa e que as incógnitas, muitas delas, não conseguimos encontrá-las, embora busquemos todos os tipos de soluções.
Há uma solidão povoada, que acontece aqui e acolá, e que me deixa desnorteada e com um sentimento de ansiedade, pré-angústia, que me agonia.
Tudo vai se sucedendo, sem que cheguemos a um ponto final conclusivo e tão favorável quanto queremos.
Às vezes, se pensa que o núcleo familiar, do qual os filhos participam porque ali nasceram, tem que ser maravilhoso e sempre em paz.
Acho que se temos que Honrar pai e mãe, temos que honrar filho e filha. Ainda não se adimitiu essa verdade, ou poucos reconheceram.
E o caminho , vamos ultrapassando, com descaminhos, ou não. Adimito que a minha sensibilidade aguçada, tal qual o do grande escritor Oscar Wilde, me faz ficar mais perplexa e, por que não, inconformada?
Se falo por metáforas, superficiais ou não, é porque quero ser entendida pela metade.
Não descobri muito cedo que da infãncia trouxe as raízes de muitos e tantos e quantos comportamentos.
A essa altura do campeonato, vou deixando que tudo que é problema, advindo da tenra idade, fique adormecido. Acordá-lo poderia provocar uma revolução. Sigmund Freud, também, concordava, algumas vezes...
Tenho tantos insights que, por vezes, imagino que o intelecto tem influência direta nessas tomadas de reações.
Só sentando diante do mar, sou capaz de encontrar a paz completa , que tanto almejo em dias sem muitas ocupações.
Escrevo com diferentes temas para não focar o que não posso revelar em dias improvisados, como este. Mas, a minha coerência nas idéias não permite que se afirme uma obnubilação. A não ser que os leigos andem soltos.
Mas, deixemos esses pensamentos para lermos o que disse
Nilo Pereira, meu pai, quase único na sua poesia e como escritor:


"Enquanto houver poesia,
Enquanto o homem olhar as estrelas,
Enquanto a lua descer virginalmente sobre o mar,
Envolta na sua lírica toalha de prata,
Enquanto o canto dos pássaros for ouvido-
O mundo poderá saber que nenhuma razão
Explicará sozinha a Criação e o Criador."


Papai: você encerrou com chaves de ouro o meu texto!!!

(*) A CRÔNICA É SUA PAPAI. É UMA RECORDAÇÃO SUA.
Como disse Oscar Wilde:
"Recordar é viver."
Visitem, leiam e comentem o blog da Eliana Pereira.

Um comentário:

  1. Ceicinha,

    Eliana, filha de Nilo Pereira, está brilhando tal qual o seu pai,escritor Nilo Pereira.
    Você descobriu uma grande escritora, com hereditariedade intelectual digna de registro.

    Adorei a crônica.

    Parabéns para ela e para todos nós.

    Sds, Paulo Machado/Recife

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