NOTÍCIAS DA LUSOFONIA

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

UM PEDIDO DO AMIGO ROBERTO PEREIRA, FILHO DO ESCRITOR CEARAMIRINENSE "NILO PEREIRA".

Ceicinha:

Envio para você, com especial satisfação, o blog de uma irmã minha, Eliana Pereira, que também cultiva muito a memória do nosso pai, escritor Nilo Pereira, pedindo-lhe que, se gostar, aproveite algum texto dela e, até, indique esse blog que me parece de muita densidade humanística. Isso se você concordar, até porque você pode gostar e, entrementes, não se colimar à filosofia do seu. Fique à vontade. Fala aqui apenas um mano que deseja ver a irmã-escritora mais próxima  de Portugal e no além-mar, mesmo que a internet já tenha essa dimensão do mundo por inteiro.

Grato pela atenção que possa dar.


Parabéns pelo seu, sempre agradável de ler, sempre adensado pelo conhecimento.

Afetuoso abraço do amigo

Roberto Pereira.

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ESTIVE VISITANDO O BLOGUE
DA ELIANA PEREIRA
E TRANSCREVO ESTE ARTIGO
ESCRITO POR ELA.
BOA LEITURA!




DO SENSATO E DO INSENSATO...





Estou em plena madrugada. Não a sei definir bem. Há um silêncio que fala, mais alto, dos sentimentos que , durante o dia, permaneceram, quase, emudecidos.
Madrugada misteriosa, fria, mas, talvez, mais inocente. Todos dormem. As vozes estão caladas. Não ouço as discussões e nem o tilintar do telefone que chega, por vezes, trazendo os inusitados problemas, difíceis de serem entendidos e resolvidos.
Dizia Nilo Pereira, meu pai, que
"a madrugada é o canto de Deus, escondido nas estrelas." Ele sempre foi poeta!!!
A noite permanece escura. Há um resquício notívago, mesmo que a madrugada já anuncie o dia. Sinto, com profundidade, o meu eu. Sozinha, posso pensar, de forma mais exacerbada, tudo que eu vivo, e reviver momentos , que ficaram na memória, ainda sem solução final.
Mas, estou sozinha e bem resolvida. Já não existem os temores e as inseguranças daqueles que pararam no tempo, negando-se a crescerem e a encontrarem a paz que o amadurecimento nos dá.
Pego um livro. Com tanto silêncio, posso assimilar melhor as palavras escritas nas entrelinhas ou, dubiamente, registradas. Isso é gratificante.
Lembro de muita coisa: do sensato e do insensato. Perdoo e esqueço , mesmo não tendo razão para não lembrar. Corações bons agem com benevolência.
Há um quê de amor no ar. Esta , também, é a hora de se amar. Que seriam dos casais e dos amantes sem as declarações e os carinhos trocados?
A madrugada , ainda, é madrugada. Vou tomar um banho. Faz parte de um ritual que, agora, está lapidado pela minha conscientização mais sólida quanto ao bem que me faz ser outra mulher...

(*) a crônica está aí: mais sensível e mais noite. Cheia de amor e de fantasias. Leiam e comentem no blog. A autora se sente feliz...

ELIANA PEREIRA



Recife, Pernambuco, Brazil
Filha de escritor, Nilo Pereira
Psicóloga, atualmente Gerente de Pós-Graduação 
da Universidade de Pernambuco (UPE)

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