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sexta-feira, 6 de maio de 2011

TER VIDA E NÃO IDADE‏. POR: Carlos Morais dos Santos.


TER VIDA E NÃO IDADE

Julgo que esta "filosofia" de vida - “Ter vida e não idade” -  é tão importante para os jovens que começam a dar pela passagem do tempo, como para aqueles "jovens há mais tempo", que procuram viver cada pedaço do tempo real - que é a vida de cada momento do presente – com o espírito de que a vida, em cada novo dia, é sempre nova, e deve ser vivida como um novo amor, uma nova esperança, um novo contentamento, um novo encantamento, uma possibilidade de aprendizagem, de partilha, de renovação !

Por isso, embora nem sempre o consigam, qualquer que seja o sofrimento que os atinja, acompanha-os a esperança de renovação para fazerem de cada novo dia, de cada momento presente, uma nova vivência de amor à vida. E só ama a vida quem é capaz de amar o outro como a si próprio… e, assim, de renovar o próprio amor !
Para mim, é tão belo, esplendoroso e colorido o nascer do sol, como é o pôr-do-sol. 
É por isso que uma fotografia de um ou de outro momento se assemelham!


                                        Eu quero continuar a abraçar a vida como um “Arco-Íris” abraça o horizonte em todas as luminosas cores!

Mas tal como o Arco-Íris se oferece a todos que o queiram contemplar e com esses partilha o seu esplendor, sempre vivo, sempre novo, eu quero alargar o meu horizonte e sentir mais a beleza das cores de um Arco-Íris de vivências partilhadas se unindo, misturando !

Há tanta vida no contentamento, como há no sofrimento, mas, para algumas pessoas, há tanta negação de viver amando, num caso como no outro. Para algumas dessas pessoas que julgam ter algum contentamento, esse aparente “bem-estar” e o amor que julgam sentir, é só egocêntrico, é só deles para eles, não partilham, nada dão, só se comprazem em receber.


Eu teria um “contentamento descontente” e um sofrimento mais sofrido se, apenas, contasse a minha idade, contasse o tempo, e não a vida, porque a vida não existe no singular - viver é partilhar. Nesse caso, lamentaria tanto não ter mais os contentamentos (egocêntricos, egoístas) do passado, quanto os sofrimentos de um presente.
Casos há de quem vive descontente no presente, tanto pelos contentamentos, como pelos sofrimentos. São os “descontentes de contentes” e os sofridos para além do sofrimento.

Por isso, para esses, não há vida, há só tempo, lamento, desgastando o tempo - passado, presente e até futuro. Essas pessoas sim, só vão tendo idade, mas não vida!   

Eu não tenho idade, vou tendo vida ! 

Texto e fotos de
Carlos Morais dos Santos
Escritor português, ensaísta, poeta, fotógrafo,
Membro da SPVA-Sociedade dos Poetas Vivos 
e Afins do Rio Grande do Norte - Brasil.
Cônsul da Assoc.Intern. Poetas Del Mundo.

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