A TARDE FOI UM DESACATO...
A tarde esteve fria de sentimentos afetuosos, contrastando com o sol escaldante que produzia um queimor na pele e me deixava mais inquieta e atordoada.
Não era assim o esperado. Verão é, quase sempre, verão. As pessoas, mais bonitas e bronzeadas, por vezes, se tornam mais mansas e se doam com mais facilidade.
Não costumo usar máscaras perante inescrupulosos e inusitados fatos que nos tiram do tempo. Bem afeiçoado, aquele cidadão, que não compõe a minha família, se apresentou, inesperadamente, sem os rigores da lei e nem a lapidação de quem foi educado no escalão de primeira linha.
A tarde esteve fria de bons sentimentos. O inesperado , também , acontece. Estava , eu, tão preparada para saborear o bom da vida, mas a frieza e o desprezo de quem, talvez, nunca tenha sabido lidar com gente, estava tão exacerbada que, lívido e sem muito respeito, feriu os meus brios e a minha fina educação, que carrego de berço.
A tarde foi um desacato. Imaginei tudo e pensei em todos, até, em quem, provavelmente, nunca pensara em mim.
Não tive como desafiá-lo. Na minha condição de dama, mantive a calma, mesmo que a inquietação motora pesasse em mim todinha.
Eu nunca fui de usar máscaras, a não ser hoje quando o conflito, entre O calar e o falar alto, não teve um final. Estava, mesmo, entre um fogo cruzado e a necessidade de dizer àquele cidadão, que não compõe a minha família, tudo que precisava ouvir.
Caminhei até a vidraça e olhei o panorama. A paisagem me fez bem. Também pudera...feita, eu, à la Oscar Wilde, dotada de sensualidade estética e, ainda, narcisista, voltei para casa.
Foi aí que, em trajes um tanto despojados, embora belos e insinuantes, amei o meu jeito de ser e de agir. Resolvera a questão. Cantei baixinho e me deitei tão leve como se voltasse aos tempos atrás, esculpidos de insinuações minhas e de promessas de amores que só fazem o bem!
Não era assim o esperado. Verão é, quase sempre, verão. As pessoas, mais bonitas e bronzeadas, por vezes, se tornam mais mansas e se doam com mais facilidade.
Não costumo usar máscaras perante inescrupulosos e inusitados fatos que nos tiram do tempo. Bem afeiçoado, aquele cidadão, que não compõe a minha família, se apresentou, inesperadamente, sem os rigores da lei e nem a lapidação de quem foi educado no escalão de primeira linha.
A tarde esteve fria de bons sentimentos. O inesperado , também , acontece. Estava , eu, tão preparada para saborear o bom da vida, mas a frieza e o desprezo de quem, talvez, nunca tenha sabido lidar com gente, estava tão exacerbada que, lívido e sem muito respeito, feriu os meus brios e a minha fina educação, que carrego de berço.
A tarde foi um desacato. Imaginei tudo e pensei em todos, até, em quem, provavelmente, nunca pensara em mim.
Não tive como desafiá-lo. Na minha condição de dama, mantive a calma, mesmo que a inquietação motora pesasse em mim todinha.
Eu nunca fui de usar máscaras, a não ser hoje quando o conflito, entre O calar e o falar alto, não teve um final. Estava, mesmo, entre um fogo cruzado e a necessidade de dizer àquele cidadão, que não compõe a minha família, tudo que precisava ouvir.
Caminhei até a vidraça e olhei o panorama. A paisagem me fez bem. Também pudera...feita, eu, à la Oscar Wilde, dotada de sensualidade estética e, ainda, narcisista, voltei para casa.
Foi aí que, em trajes um tanto despojados, embora belos e insinuantes, amei o meu jeito de ser e de agir. Resolvera a questão. Cantei baixinho e me deitei tão leve como se voltasse aos tempos atrás, esculpidos de insinuações minhas e de promessas de amores que só fazem o bem!
ELIANA PEREIRA
Psicóloga
Filha do escritor cearamirinense
- Nilo Pereira -
(*) a crônica foi escrita em frações de segundos. Havia em mim uma inspiração de amor e raiva. Fiz opção pelo amor e me revelei mais eu...leiam e comentem no blog.
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