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domingo, 27 de fevereiro de 2011

MENSAGENS POÉTICAS DO ADEMAR MACÊDO


Uma Trova Nacional 
Quem não sabe, quem não sente
que às vezes nos custa caro
essa audácia de ser gente,
quando ser gente é tão raro?!
(Carolina Ramos)
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Uma Trova Potiguar
Uma das coisas que movem
um idoso a viver bem
é ter o espírito jovem,
que muitos jovens não têm.
(José Lucas de Barros/RN)
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Uma Trova Premiada
1998 > Bandeirantes/PR
Tema > USINA > Venc.
Meu sofrido coração
não guarda mágoa ou rancor:
é uma usina de perdão
que opera a todo vapor.
(Milton Souza/RS)
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Uma Trova de Ademar 
Quem faz em nome de Cristo
o seu próprio pedestal,
pagará caro por isto
no julgamento final...
(Ademar Macedo/RN)
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...E Suas Trovas Ficaram
Saudade, quase se explica
nesta trova que te dou:
saudade é tudo que fica
daquilo que não ficou.
(Luiz Otávio/RJ)
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Simplesmente Poesia
A MORTE DO MEU SONHO.
 Rodrigues de Gouveia/AL –
A morte do meu sonho foi tão triste!
Não teve velas, nem choro, nem nada. 
Tão triste como a fria madrugada 
que à luz do dia em ficar persiste.
Foi tão cruel a morte do meu sonho! 
Sonho que morreu quase sem nascer. 
Esperança vã que não quis viver 
nesse mundo sem luz e tão tristonho.
Sonhar é viver, é sentir na vida 
outra vida de sonho e de ventura, 
que zomba da mais tétrica amargura 
e alegra qualquer dor, por mais sentida.
Por isso eu sinto tanto, tanto a morte 
que o meu sonho levou tão apressada 
pois a minh’alma irá assim, cansada, 
em busca d’outro sonho que a conforte.
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Estrofe do Dia
Não tem mais o cachorro nem o gato
A cumeeira da casa é só cupim,
a panela de barro levou fim
e na cozinha não tem mais nenhum prato,
só tem cobra correndo atrás de rato,
não tem mais o cavalo nem a sela
nem ferrolho e nem porta na janela,
nem cadeira debaixo da latada;
toda casa de taipa abandonada
guarda um grito de fome dentro dela.
(Chico Quelé/RN)
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Soneto do Dia
DOMINGO CHUVOSO...
– Miguel Russowsky/SC –
Chove...Minha caneta escrevinhando, atoa,
pede um tema e nem sei o que fazer...
Se eu fosse nau, dirigiria a proa
ao mares da alegria e do prazer.

Se alguém se atreve a sugerir-me:- Voa!...-
com asas curtas, posso obedecer? -
Quando há zeros demais numa pessoa,
as asas se recusam a crescer.

A “Hora de escrever” trouxe nas malas
só  rimas pobres e se devo usá-las
usa-las-ei; já não mais tenho brios.

Chove... Deixo que chova. Pouco importa
três versos chulos numa  estrofe torta.
Domingo e chuva, os dois estão vazios.

Um comentário:

  1. Lindo amiga...queria ter essa facilidade em "poetar"....
    Passando pra marcar presença e matar a saudade...Bom domingo!!!!

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