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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CINCO POEMAS DA ENCANTADORA "POETISA DAS FLORES": LÚCIA HELENA PEREIRA.

DE CEARÁ-MIRIM/RN-BRASIL.
PARA O MUNDO!

QUERO O SEU OLHAR DE SOL
Lúcia Helena Pereira (*)
"  Poetisa das Flores e do Amor"

Sim, quero o seu olhar de sol,
Sem a venda intrusa que a poeira cobre e ofusca.
O Seu olhar é mirante de alegrias
Alegoria festiva, convidada para os carnavais.

Vejo uma dança branca em seu olhar de mel
Requebrando-se numa esquina azul,
Onde uma íris enfeitada de doçura,
Ensaia passos ao redor do palco âmbar.

Quero o seu olhar em irradiante luz,
Em terceira dimensão, com visões rosadas
De lírios se abrindo, num muro cor de primavera
Flambada de sol.

Vejo a retina do seu olhar vestida de cristais
Porque tudo nele é luz, claridade,
É potencial de distância alcançada
No seu doce e puro olhar de amor.

Quero o rio brilhando em seu olhar
Que aponta faróis incandescentes
E contempla o dia e a noite,
Com uma clareza certamente pródiga.

E beijo o calor que emana do seu olhar
Nele um bafo de anjo já suspira
Anunciando o novo dia,
A nova luz do véu estelar do seu olhar.

Quero o seu olhar completamente enfeitado
Onde namoram paisagens e flores se acasalam
Junto aos pássaros do amanhecer,
Em muita luz, brilho e um verde exuberante.

Porque o seu olhar vem da canção diurna,
Embora mudo, seu olhar canta a pulsação
Da melodia em notas magistrais,
Dó, ré, fá, sol, lá, si...

Quero o seu olhar derramando vestigios
Espalhando a dança dos pirilampos
Num chão de folhas frescas e perfumadas,
Onde o sol desmaia tênues fios.

Esse seu olhar de bicho na escuridão das matas
Divisando mistérios, acendendo clareiras,
Olhar de fogo, ardor, olhar de brisa e amanhecer
Um olhar ocre, cheio de milagres.

Quero o seu olhar abrindo as cortinas
Do grande palco da vida.
Quero-o com novo figurino, bons atores,
Quero um filtro delicado para o licor do seu olhar.
EU QUERO!

(*) Lúcia Helena Pereira
"  Poetisa das Flores e do Amor"
Escritora, poetisa, historiadora
Acadêmica de várias Academias do Brasil
Membro do Inst.Histórico-Geográfico do RN.Brasil 
Cônsul do M.Internacional Poetas Del Mundo

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ENQUANTO VOCÊ ADORMECE

Escrevi este poema em minh´ alma
Enquanto você dormia
Tal anjo bom e forte, caído, liricamente,
Na linda alcova feita do mato verde e cheiroso.

Cantei nossa canção eterna
E vi um ricto em seu lábio, como quem cantava também
E dizia de amor, em frases sussurradas
Num rítmo torturado de notas musicais amenas...

Beijei sua fronte iluminada por aquele raio de sol
E seus olhos me salvaram da solidão e mágoa que a distância traz
E fiz carinhos em seu peito arfante
E me deitei sobre a sombra do seu corpo amado.
 
O amor chegava, a qualquer hora, sempre festivo,
Surpreendendo, cativando e me fazendo cativa,
Enquanto de suas mãos, o calor, o meigo toque
E sensações de momentos áureos, me fustigavam o ser.

Oh! Doce amor, meu doce amor,
Quero sempre esse pulsar de corações apaixonados,
Olhar em seu olhar de luz e ver todo o meu ser viver,
Viver em ti, eternamente, enquanto você adormece em mim.

Quero beijar o seu olhar e agradecer
Por me fazer completamente feliz,
Sem maiores ânsias, já que provamos todos os sabores,
Mas, por favor, deixe-me amá-lo enquanto adormece.

Lúcia Helena Pereira

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TRAGO UMA FLOR DENTRO DE MIM
Lúcia Helena Pereira - 2009

CHEIA DE CHEIROS E RICO ESPÉCIME,
COM PÉTALAS DOURADAS,

ÀS VEZES AVELUDADAS.
 TRAGO UMA FLOR DENTRO DE MIM
COMO SE FOSSE UM PEQUENINO JARDIM

ENFEITANDO O MEU ALTAR INTERIOR.
 TÃO PERFUMADA E TERNA,
COM MIL NUANÇAS

AO BALOIÇO DO VENTO...
 TRAGO UMA FLOR DENTRO DE MIM,
QUE CHORA AO SENTIR SEDE,

E SE ACALMA QUANDO A NOITE CHEGA...
 ESSA FLOR ÀS VEZES FICA ESQUECIDA,
NUM CANTO QUALQUER DO JARDIM FLORAL..

E SE DESTACA, PELA BELEZA E COR!
 TRAGO ESSA FLOR COMIGO HÁ MUITOS ANOS,
IMORTAL, VIVA E RESPLENDENTE -

A FLOR DA AMIZADE E SOLIDARIEDADE.
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A DOCE LÁGRIMA
Lúcia Helena Pereira
-Ela escorria da ladeira d´alma
Radiosa como um sol.
Vinha de um cântaro de perfumadas flores,
Docemente deslizando dos meus olhos.
 
-Bem à beira daquela fonte de luz e riacho,
A lágrima passava veloz
Misturando-se à incansável simbiose das águas
Que o segredo buliçoso do momento,
Expandia!
 
-Havia naquela lágrima, uma doçura imensa,
Canção distante no olhar querente
Insatisfeito, magoado, espinho cravado na íris
Ferida ainda aberta, sangrando...
 
-A minha lágrima dorida
É uma fonte imensa de tristeza
Caindo num lago azul, só de flores
Onde anjos banham-se e cantam.
 
-Onde os meus sorrisos de infância?
Onde a felicidade de outrora?
Onde recuperar o passado?
Onde não sofrer buscando explicações?
 
-Desce um véu de luz dos meus olhos,
Inebriante estrela fulge ao longe,
Sinto-a escorregar entre os meus dedos...
É a lágrima contente, a festejar!
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ERA TUDO QUE EU QUERIA 
Lúcia Helena Pereira
Era tudo que eu queria: uma flor singela, 
De qualquer cor, com perfume almiscarado, 
Pétalas macias, balançando-se ao vento. 

Queria o teu silêncio de prontidão, 
Anunciando auroras e crepúsculos 
Com trombetas sincronizando teu pensamento, 
E que eu pudesse ouví-lo, como canção. 

Era tudo o que eu queria: um leve olhar, 
Mão de carícia em minha ânsia 
Suspiro de amor - chama de poesia! 

Queria a tua essência em mim, comovida, 
Descansando a dor, o sofrimento, 
E repousando em leve sono e carinhoso aconchego 
Adormecendo em meu seio rosado. 

Era tudo que eu queria: teu lábio doce 
Molhado do azul rasgando a nuvem 
Enquanto eu pudesse beijá-lo, suavemente! 

Queria o sortilégio de ser teu pensamento num minuto. 
Ilusões esfregando-se em delirantes sensações 
E um halo aromatizando jasmins 
Num canto bom do seu jardim encantado. 

Era tudo que eu queria: de sua presença-ausente, 
Vindo em minha direção, num abraço simples, 
E um cochicho morno aventurando-se em meu ouvido. 

Queria esse seu olhar demorado em minhas entranhas, 
Descobrindo caminhos escondidos, festivos 
Abrindo-se como a flor...abrindo-se 
E sua natureza me penetrando, com profundidade. 

Era tudo que eu queria, naquela noite, 
Onde a timidez e o recato se sobressaíram 
E o tempo - zombeteiro - festejou a recusa dolorida! 

Queria sua mão sensual, umedecida em minha lágrima, 
Vazando do meu olhar pequenino - lago de desejos, 
Num som de águas inquietas, frenéticas, deslizantes 
Jorrando de minhas esperas e orgasmos brancos. 

Era tudo que eu mais queria!
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NOTA:
"NEM SEMPRE SABEMOS COLHER, ESCOLHER, VARRER SOMBRAS, APAGAR PESADELOS. MAS AS FLORES EXISTIRÃO SEMPRE, COMO SÍMBOLOS MAIORES DOS CAMINHOS. OS SÍMBOLOS QUE PEDEM VIDA!"

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