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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

BARTOLOMEU CORREIA DE MELO ENVIA-ME UM "POEMA DE NATAL", DO POETA RECIFENSE: Carlos Pena Filho.


Poema de Natal 

- Sino, claro sino, tocas para quem?

- Para o Deus-menino que de longe vem. 

- Pois se o encontrares, traze-o ao meu amor.

- E o que lhe ofereces, velho pecador? 

 - Minha fé cansada, meu vinho, meu pão;

meu silêncio limpo, minha solidão... 
Carlos Pena Filho 
(poeta recifense, morto aos trinta anos, em 1960)


Feliz Natal!


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SAIBA MAIS SOBRE

"Carlos Pena Filho"


Carlos Pena Filho nasceu em Recife - Estado de Pernambuco - Nordeste do Brasil, em 17 de Maio de 1929. Foi considerado um dos mais importantes poetas pernambucanos da segunda metade do século XX depois de João Cabral de Melo Neto. 
Formado em Direito pela Universidade do Recife, em frente à qual hoje se encontra o busto do poeta. Teve sua carreira prematuramente encerrada em virtude de sua inesperada morte em 1960, quando ele ainda estava com 31 anos de idade.
Filho de pais portugueses, Carlos Souto Pena, comerciante, e Laurinda Souto Pena. Em 1937, com a separação dos pais, mudou-se para Portugal, com sua mãe e irmãos, Fernando e Mário, indo morar na casa dos avós paternos. Lá viveu dos oito aos doze anos de idade quando então retornou para o Brasil. O pai permaneceu no Recife, onde era proprietário de uma sorveteria. Fez seu curso primário enquanto esteve em Portugal e o curso secundário no Recife.
No dia 2 de junho de 1960, o poeta estava no carro de seu amigo, o advogado José Francisco de Moura Cavalcanti, quando foram atingidos por um ônibus desgovernado. Carlos Pena recebeu uma violenta pancada na cabeça. O rádio logo divulgou a notícia e as autoridades e os amigos acorreram ao Pronto Socorro. O motorista e Moura Cavalcanti tiveram ferimentos leves, mas Carlos Pena não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 10 de junho de 1960.
Carlos Pena Filho foi um dos maiores poetas que Pernambuco já teve. Suas poesias, repletas de musicalidade e com forte apelo visual, fazem referência ao movimento, à luz e às cores – em especial ao azul –, característica que o tornou conhecido como O Poeta do Azul.
FONTES:

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