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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cascudo previu: A Mulher na Presidência da República. Exposição no Instituto Câmara Cascudo em Natal/RN-Brasil


Esta patente até 30 de novembro de 2011 no Instituto Câmara Cascudo, de 3ª a sábado, das 9 às 17h, a exposição:
“Universo Feminino: 
Uma perspectiva cascudiana”

Cascudo previu: A Mulher na Presidência da República

Câmara Cascudo


Participando da programação da 5ª Primavera dos Museus, cujo tema deste ano é “Mulheres, Museus e Memórias”, o Instituto Câmara Cascudo apresenta a exposição temporária “Universo Feminino: Uma perspectiva cascudiana”, abordando diversas personalidades do “sexo forte” retratadas por Cascudo em livros e artigos de jornais de épocas diferentes.



A exposição mostra Auta de Souza, Nísia Floresta, Dáhlia Freire Cascudo e a Rainha Ginga. Entretanto, o mais curioso da exposição é o artigo da coluna “Acta Diurna”, escrita por ele no jornal “A República”, de 17 de outubro de 1959. Nele Cascudo defende, veementemente, a presença de uma mulher na Presidência do Brasil, mostrando através de fortes argumentos a sua superioridade. Para ele, “A superioridade feminina está na sensibilidade recatada, na serenidade orgulhosa do sexo elevado à suprema administração, na compostura nata, congênita, natural. O homem educa-se. A mulher nasce educada. Uma mulher grosseira é uma exceção. Um homem mal educado é uma normalidade. As mulheres vencem o SEXO FRACO (o homem nunca, jamais, em tempo algum, foi SEXO FORTE) pela assiduidade, tenacidade, disciplina funcional, receio da punição excessiva. Para vingar-se o homem mata e a mulher chora. O homem apela para a “peixeira” e a mulher para Deus. Imagine-se um Brasil vigiado, policiado, fiscalizado pela desconfiança de uma mulher, sacudida pelo temor do ladrão, do cínico, do atrevido e estimulada pela responsabilidade da função!...”
Cascudo mostra-se cada vez mais um homem além do seu tempo ao prever, há 52 anos atrás, a participação feminina no maior cargo executivo do país, fato tornado realidade com a eleição da Presidente Dilma Rousseff. Suas “Actas Diurnas”, escritas no período de 1939 a 1960, contêm comentários e análises de fatos que se tornam indispensáveis ao entendimento dos problemas contemporâneos.


FONTE: Daliana Cascudo, por e-mail

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