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segunda-feira, 26 de abril de 2010

POEMA DO BARTOLOMEU CORREIA DE MELO

O POETA CEARAMIRINENSE
BARTOLOMEU CORREIA DE MELO
ENVIOU-ME POR E-MAIL
ESTE LINDO POEMA
QUE AQUI TRANSCREVO 
PARA VOCÊS.

Imagem: Blog de Lúcia Helena Pereira

INTENÇÃO

Ai de mim, que rebusco cada rima
e mal contente escrevo e apago versos,
sem achar expressão que enfim redima
anseios tão intensos, tão dispersos...

Escrever tais sentires fica acima
dos meus pobres dons, quase adversos,
de poeta que nem diz nem desanima.

Perdão, se alheio o coração da mente
que nunca atinge o belo que persegue.
Ninguém canta a poesia que pressente,
mas o poema que chorar consegue.

Por isso, lhe suplico - não renegue -
que aceite meus carinhos, tão somente,
como ternas palavras que lhe entregue.

Bartolomeu Correia de Melo

Bartolomeu Correia de Melo está no time dos grandes ficcionistas do Rio Grande do Norte, um roçado que tem poucos nomes, e com as loas da crítica mais exigente inclui-se entre os melhores contistas brasileiros. Quando recebeu o Prêmio Joaquim Cardozo fez discurso de agradecimento. Disse coisas que compõem  muito bem seu autorretrato:

-Nada mais sou que um contador de estórias; não muito desigual de tantos, que nunca tiveram vez de assentar num papel suas doces mentiras. Meus toscos escritos não escondem mensagens, apenas contam. Não mostram beletrices, apenas contam. Não revoejam metafísicas nem ruminam filosofias, apenasmente contam. Tudinho estórias do meu lugar, nos falares da minha gente: quase nada restando  de minha real presença. Apenas recolho palavras de engenho, brotando no aceiro das conversas, como flores sem dono beirando caminhos”.

FONTE: Tribuna do Norte

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