CONSCIÊNCIA NEGRA.
Exclusão
Quando a cor da minha pele
chega primeiro do que eu.
Você me nega
olhar nos meus olhos.
O sistema
nega-me o direito
que me pertence
e a sociedade silencia
remetendo-me de volta
à segregação.
Sem ofício,
experiência e trabalho,
cobram-me falta de socialização
e demitem-me.
Negam-me o direito de exercer
o que tanto me faz precisão:
A inclusão de me socializar.
Desiludido,
refugio-me na solidão.
E nessa opacidade
que devasta o coração
e faz dilacerar as entranhas
já não sonho.
A alma,
está em cárcere.
Os pés calejados
já não se movem.
De olhos vedados
e mãos atadas,
amargo a opressão da negação
contra a pele
que de herança auferi.
Gleidston César
Ebaaa, é sempre um prazer ( e você sabe disso) estar aqui no seu blog amiga, Ceicinha Câmara! Obrigado mais uma vez pelo carinho.
ResponderExcluirBeijo.
Gleidston César