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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Neste dia da "Consciência Negra", uma bela poesia de Gleidston César/Brasil.



CONSCIÊNCIA NEGRA.

Exclusão

Foto: CONSCIÊNCIA NEGRA.

Exclusão

Quando a cor da minha pele 
chega primeiro do que eu. 
Você me nega
olhar nos meus olhos.
O sistema
nega-me o direito 
que me pertence
e a sociedade silencia
remetendo-me de volta 
à segregação.
Sem ofício, 
experiência e trabalho, 
cobram-me falta de socialização 
e demitem-me.
Negam-me o direito de exercer 
o que tanto me faz precisão: 
A inclusão de me socializar.
Desiludido,
refugio-me na solidão.
E nessa opacidade 
que devasta o coração 
e faz dilacerar as entranhas
já não sonho.
A alma,
está em cárcere.
Os pés calejados 
já não se movem.
De olhos vedados
e mãos atadas,
amargo a opressão da negação 
contra a pele 
que de herança auferi.

Gleidston César

Quando a cor da minha pele 
chega primeiro do que eu. 

Você me nega
olhar nos meus olhos.
O sistema
nega-me o direito
que me pertence
e a sociedade silencia
remetendo-me de volta
à segregação.
Sem ofício,
experiência e trabalho,
cobram-me falta de socialização
e demitem-me.
Negam-me o direito de exercer
o que tanto me faz precisão:
A inclusão de me socializar.
Desiludido,
refugio-me na solidão.
E nessa opacidade
que devasta o coração
e faz dilacerar as entranhas
já não sonho.
A alma,
está em cárcere.
Os pés calejados
já não se movem.
De olhos vedados
e mãos atadas,
amargo a opressão da negação
contra a pele
que de herança auferi.


Gleidston César

Um comentário:

  1. Ebaaa, é sempre um prazer ( e você sabe disso) estar aqui no seu blog amiga, Ceicinha Câmara! Obrigado mais uma vez pelo carinho.

    Beijo.

    Gleidston César

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