EU SOU UM RIO QUE PASSA Sussurrando a melodia das águas
E carregando vestígios de lua e sol.
Eu sou um rio que passa
Lambendo as beiradas dos muros
Das vegetações luminosas
Reluzinho no seu espelho d´água
Num bordado de reflexos verdes
Riscando vales e planícies.
Sou um caminho de águas perfumadas
Beijando a sombra das nuvens
Correndo nas curvas dos caminhos
Sob o olhar das árvores
E onde os pássaros saciam sua sede!
Eu sou um rio que passa na corredeira da poesia
E descansa, à sombra dos arbustos espalhados
Onde o sol desmaia o seu ouro,
Onde a lua cospe seus lumes
E as estrelas abortam flores esmaecidas.
Sou o canto da cigarra ao pé do arvoredo
E consigo gemer sem deixar a dor me ferir
E calo o grito fundo que dói na alma
Desse meu rio que passa
E leva estradas de chegadas...
Sou um beija-flor perdido,
Tonto de luz no mistério da manhã
Onde a música amanhece ensurdecedora
No coro dos anjos das florestas...
Enquanto o rio segue orquestrando melodias!
Eu quero o meu rio de infância,
Meus olheiros perfumados,
Minhas raízes fincadas no húmus de cada rio
Que segue rolando na estrada
Onde a ilusão serpenteia alegrias
Na alegoria do carnaval de minhas poesias...
Eu sou um rio que passa!
Lúcia Helena Pereira
(Poetisa das Flores)
De Ceará-Mirim
Rio Grande do Norte
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segunda-feira, 21 de maio de 2012
Um lindo poema de "LÚCIA HELENA PEREIRA", de Ceará-Mirim/RN - Brasil
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