Fonte da Foto: typepad.com CHAMAMENTO A floresta chama-me e ouço o uirapuru pungente. cada tatalar, cada grunhido, estalar de bagas, rosnado e canto. Preciso da solidão povoada de meus ancestrais. Minha alma reabre a ferida donde pinga o sangue dos mil tons das folhas e dos musgos. Escuto cantares de louvor aos deuses naturais, os tambores, os passos das danças circulares, os brados de defesa e as canções de ninar curumins. Abre-se a pele do espírito e regrava-se em mim cada tatuagem, cada pintura tribal. Viajo nos ares para descobrir o Mundo onde cada floresta era um templo ao espírito sagrado,ao animal de totem, cada fumaça, uma revelação. Um dia, virarei vento e me reintegrarei às matas, embalada pelos sons das águas prateadas recebida pelos ancestrais guardiãos e então, também poderei lutar para proteger os seres vivos fauna , flora e gentes - ancestrais de minha Poesia.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
(Hana Haruko)
01/01/2009
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Imagem do facebook da poetisa. CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO De São José de Mipibú/Rio Grande do Norte Radicada em Belo Horizonte/Minas Gerais. |
Saiba mais sobre Clevane Pessoa, AQUI!
Querida prima Ceicinha, de raízes do Rio Grande do Norte, Câmara", qual minha avó Teóphila Teonila Câmara de Araújo, o índígena da foto é um potiguara.
ResponderExcluirVocê, for nordestina, morando na Vila deo Bispo, aí no Algarve , em Portugal, não esquece mesmo de manter-se qual uma ponte entre o Brasil e sua terra de adoção! nem nos esquece!
Muito grata por divulgar o poema.Acordei com alguma "missão" interior, para publicar mais este poema.E eis que você, sempre generosa, publica-o
em seu blog renomado.Muito grata!
Abraços fraternais.Pax et Lux!
Clevane Pessoa de Araújo
Belo Horizonte-MG, Brasil.